Topo

Estudantes decidem sair em conjunto de últimas escolas ocupadas em SP

Do UOL, em São Paulo

17/12/2015 10h19Atualizada em 18/12/2015 15h33

A maioria dos alunos que permanecem nas 55 escolas ocupadas em São Paulo decidiu na noite de ontem (16) que vão deixar os prédios entre amanhã (18) e segunda-feira (21). A recomendação do Comando das Escolas em Luta, que reúne representantes das unidades ocupadas, porém, não será seguida por todas as escolas, entre elas a Escola Estadual Fernão Dias, onde os alunos devem continuar para pedir o atendimento de demandas específicas.

“É necessário nesse momento manter a união das escolas em luta, e por isso acreditamos que a melhor forma de mostrar a nossa força é fazendo uma desocupação em conjunto no período das 12h de sexta-feira às 12h de segunda- feira”, disse o Comando em nota publicada em sua página no Facebook.

Cada unidade vai decidir como e qual é o melhor horário para a desocupação. De acordo com o texto publicado na rede social, os estudantes analisar que as ocupações “já cumpriram sua função e que é hora de mudar de tática”.

“É importante que fique claro que estamos saindo das escolas, mas não estamos saindo da luta. E que essa escolha de maneira nenhuma significa ceder às pressões do governo do Estado e das entidades burocráticas.”

Um ato foi marcado para segunda com concentração no vão do Masp, na avenida Paulista, região central de São Paulo, às 17h.

Ocupações

As ocupações começaram no início de novembro e após um mês, estudantes estavam em quase 200 unidades em todo o Estado. 

No último dia 4, Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, anunciou o adiamento da reorganização escolar. "Alunos continuam nas escolas em que já estudam. Os debates serão feitos em 2016", disse. 

A medida previa o fechamento de 92 escolas e reorganizava as restantes por ciclo único. Desse modo, estudantes do ensino fundamental ficariam em unidades diferentes do ensino médio.

Desde o anúncio da reorganização, alunos, pais e professores realizaram protestos em vários pontos do Estado. Eles argumentavam que o objetivo da reestruturação era cortar gastos e temiam a superlotação das salas de aulas, além de alegarem a ausência de diálogo durante o processo.

35 Comentários

Essa discussão está encerrada

Não é possivel enviar novos comentários.

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.

brad p

Corram que ainda dá tempo de assistir "Star Wars".

Henri Ford

Tem a demência senil e, eventualmente, a demência juvenil. Só uma patologia para explicar o fato de tantos jovens, muito bem servidos pelo suor do contribuinte, deixarem-se atrair pelos interesses laterais de grupos político-dependentes, graduados por uma longa história de "lutas" em favor de si mesmos. Claro, ninguém é de ferro, certamente rolou também uma diversão imposta pela tirania dos sistemas límbico e endócrino. Vai Brasil!


publicidade