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Enem 2019: 2º dia tem questão sobre Tinder e cita letra de Legião Urbana

Marina Lang e Vitor Pamplona

Colaboração para o UOL, no Rio e em São Paulo*

10/11/2019 17h00Atualizada em 11/11/2019 10h24

O segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2019 abordou em suas questões temas como aplicativos de namoro, como o Tinder, a forma como pessoas daltônicas enxergam e tribos nômades do Sudeste Asiático, segundo relatos de candidatos ao UOL.

Um trecho da música Eduardo e Mônica, da banda Legião Urbana, também apareceu no gabarito de um caderno de prova. Hoje, os candidatos responderam a 90 questões de matemática e ciências da natureza.

De acordo com os participantes, um aplicativo de namoro inspirado no Tinder apareceu em uma questão da prova de matemática sobre probabilidade. Dadas as distâncias entre alguns locais, o candidato precisava identificar em qual deles um usuário do aplicativo poderia encontrar o maior número de paqueras com "match".

Outra questão abordava o daltonismo, uma condição genética que afeta a percepção das cores. A questão trazia uma paleta de cores e solicitava que os alunos assinalassem qual cor os daltônicos e os não daltônicos enxergam da mesma forma.

Questões sobre progressão numérica e cálculos sobre métricas, com exemplos fictícios, também foram mencionadas pelos alunos.

"E quem irá dizer que não existe razão?"

A frase "e quem irá dizer que não existe razão?", trecho da música Eduardo e Mônica, da banda brasiliense Legião Urbana, dos anos 1980, foi usada para identificar o gabarito de uma das provas.

Capa da prova azul do segundo dia do Enem - Marina Lang/UOL - Marina Lang/UOL
Frase da música Eduardo e Mônica apareceu na capa da prova azul do segundo dia do Enem
Imagem: Marina Lang/UOL

Alunos que deixaram um local de prova no Rio de Janeiro disseram ter ficado intrigados com uma questão sobre os Moken, uma tribo nômade do Sudeste Asiático que consegue enxergar bem debaixo d'água. A questão perguntava por que os membros da tribo desenvolveram essa habilidade.

RPG

Alguns candidatos criticaram uma questão que envolvia um jogo similar ao RPG. Segundo eles, a pergunta apresentava dois jogadores que entravam no jogo a partir de um mapa. A questão pedia aos alunos que dissessem a diferença entre o ataque do jogador 1 e a defesa do jogador 2.

"Deram dados de ataque e defesa, mas não falaram quanto eles progrediram ao longo do jogo. Para mim, faltaram dados nessa questão. Li, reli e realmente não entendi. Minha vantagem é que eu jogo, então entendo a lógica de game, mas quem não entende talvez não tenha conseguido responder", disse Weslley de Paiva Souza, 19, que deseja prestar vestibular para ciências da computação.

Dessalgar feijão, agrotóxico e vacinas

Também chamou a atenção dos candidatos uma questão que abordava uma receita para dessalgar feijão, na prova de química.

Depois de dar o exemplo de uma cozinheira que tinha colocado batatas dessalgadas numa panela de feijão, a pergunta pedia para o aluno identificar por que as batatas tinham ficado salgadas ao serem retiradas da panela.

Em biologia, apareceram temas como ecologia, doenças e genética. Uma das questões pedia que o candidato indicasse uma opção de controle biológico de pragas na agricultura alternativa aos agrotóxicos. Outra questão falava das vantagens do uso de vacina contra o agente causador da esquistossomose.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferente do informado, o trecho da música Eduardo e Mônica não apareceu em uma das questões, mas sim na capa de uma das provas, para identificar o gabarito. O texto foi corrigido.