Pelo 2º ano seguido, Frente Parlamentar fará blitz para fiscalizar Enem
A Frente Parlamentar Mista da Educação fará uma blitz para acompanhar e fiscalizar, em tempo real, a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A prova será aplicada nos dias 21 e 28 de novembro. É a segunda vez que o grupo organiza uma ação desse tipo.
Além dos parlamentares ligados ao grupo, os presidentes da Assinep (Associação dos Servidores do Inep), Alexandre Retamal; da UNE (União Nacional do Estudantes), Bruna Brelaz; e da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Rozana Barroso, foram parte da ação.
O exame, que é a principal porta de acesso ao ensino superior, acontece durante a pior crise da história do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão responsável pelo Enem e ligado ao MEC (Ministério da Educação). A duas semanas da prova, mais de 30 servidores assinaram um pedido de exoneração.
Em uma carta enviada aos diretores, o grupo citou a "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep". Mais de 20 servidores entre os demissionários têm funções ligadas ao Enem e ao comitê que cuida dos possíveis incidentes nos dias de aplicação da prova.
Nos últimos dias, relatos de servidores de possíveis interferências na prova também foram revelados (leia mais abaixo).
Para o deputado professor Israel Batista (PV-DF), a blitz ajudará a tomar providências caso haja "prejuízos pedagógicos e acadêmicos na prova".
Os participantes poderão usar a hashtag #EnemNaFrente nas redes sociais, ou entrar em contato com a equipe pelo WhatsApp (61 98132-8640) ou e-mail contato@frentedaeducacao.com.br.
A frente também fará lives ao longo do dia com monitoramento de dados e conversas com especialistas da educação.
No ano passado, com as informações obtidas nos dois dias de prova, os parlamentares convocaram o MEC para uma audiência pública e protocolaram um requerimento pedindo mais detalhes das situações enfrentadas por alunos no Enem.
Denúncias do Enem
Reportagem do Fantástico, da TV Globo, apresentou no domingo (14) relatos de servidores que afirmaram que o diretor de Avaliação de Educação Básica, Anderson Oliveira, pediu a remoção de mais de 20 questões da primeira versão da prova deste ano.
Segundo a reportagem, a maior parte das questões se referia a contextos sociopolíticos ou socioeconômicos —a escolha é feita a partir de um repositório de questões elaboradas por professores selecionados por edital.
O jornal O Estado de S. Paulo divulgou reportagem ontem (17) que afirma que o Inep passou a imprimir a prova previamente neste ano com a intenção de que mais pessoas tivessem acesso ao exame antes da aplicação. Tanto o presidente do Inep, Danilo Dupas, quanto o ministro da Educação, Milton Ribeiro, negaram qualquer interferência ou acesso prévio à prova.
Ao Senado, ontem, Dupas chegou a dizer que é "comum" ocorrer uma troca entre as questões durante a montagem do Enem.
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