Justiça nega recurso de docentes em greve no Rio; ponto pode ser cortado
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou nesta segunda-feira (7) o recurso contra a liminar que obrigou os professores da rede municipal a voltar a trabalhar, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. O Sepe, sindicato dos docentes, havia entrado com esse recurso.
Segundo o voto do relator Antônio Eduardo Ferreira Duarte, “a conduta da categoria, ao manter o estado de paralisação, gera inúmeros prejuízos e afeta mais de 600 mil alunos da rede pública de ensino, restando configurado o abuso do direito”. Em seu voto, o magistrado também autorizou o município, se este assim achar conveniente, a cortar o ponto dos grevistas a partir do dia 3 de setembro, data em que o Sepe/RJ foi intimado da liminar.
O mérito da ação, sobre a legalidade ou não da greve dos professores, ainda será analisado segundo a assessoria de imprensa do órgão. Até o momento, foi apreciado apenas o agravo regimental.
PM x professor
A rede municipal do Rio está em greve desde o dia 8 de agosto, com uma interrupção de dez dias. Os vereadores do Rio de Janeiro aprovaram na última terça-feira (1°) o plano de cargos e carreiras dos professores municipais (projeto de lei 442/2013). Enquanto a votação acontecia, professores e trabalhadores da educação faziam manifestação em frente à casa, no centro do Rio.
A votação aconteceu após a oposição se retirar do plenário em protesto contra a violência da PM (Polícia Militar) na repressão ao protesto dos professores. Dos vereadores, 36 foram a favor e 3 foram contrários ao texto com emendas. O texto foi sancionado em seguida pelo prefeito Eduardo Paes.
Protesto tem 10.000 pessoas
Professores e manifestantes voltaram a protestar nesta segunda-feira (7), no centro do Rio. A manifestação é contra a violência do Estado e do município nos protestos da semana passada. Segundo a PM (Polícia Militar), há cerca de 10.000 manifestantes.
Chama a atenção a falta de policiamento no local. As escadarias do Theatro Municipal, um ponto sempre resguardado pela PM em eventos desse gênero, estão tomadas por manifestantes.
A PM afirma que há 500 policiais fazendo a segurança do protesto em contraste com os 700 policiais destacados na semana passada.
No entanto, a reportagem do UOL não avistou policiamento na Candelária, onde ocorreu a concentração a partir das 17h. O primeiro grupamento de policiais só foi avistado pela reportagem na avenida Rio Branco na altura da rua Almirante Barroso.
Um cordão de manifestantes mascarados, identificados como Black Blocs, abria a passeata entre a Candelária e a Câmara. Nesta segunda, a reportagem do UOL não viu nenhum deles ser abordado para se identificar ou para tirar as máscaras como aconteceu em outros eventos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.