Protesto no Rio tem ao menos 14 detidos em noite de confrontos
Após uma noite de depredações e confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar, ao menos 14 pessoas foram detidas e um adolescente foi apreendido nesta segunda-feira (7) no centro do Rio de Janeiro. A manifestação, que contou desde o início com a presença de mascarados, era em apoio aos professores estaduais e municipais - em greve desde o início de agosto.
Dos detidos, 11 foram encaminhados para a 5ª Delegacia de Polícia e três foram para a 17ª DP. O adolescente foi levado para a 12ª DP. Quase todos os suspeitos foram para a delegacia apenas para averiguação, com exceção de um homem, que foi preso com quatro televisores na avenida Presidente Vargas. A suspeita é de que ele tenha furtado os equipamentos de alguma loja durante os confrontos.
Ainda na noite de hoje, três guardas civis ficaram feridos depois que manifestantes mascarados atacaram o carro em que os agentes estavam. Segundo relataram à Polícia Civil, o veículo foi cercado por aproximadamente cem pessoas, que usaram pedras para quebrar o vidro traseiro do carro.
Dois agentes foram encaminhados para o Hospital Municipal Souza Aguiar e o terceiro, ferido no supercílio, registrou um boletim de ocorrência na 5ª DP.
Violência
Um grupo de manifestantes jogou ao menos três bombas caseiras (coquetel molotov) na porta lateral da Câmara dos Vereadores pela rua Evaristo da Veiga -- onde há também um quartel da PM (Polícia Militar). Após a terceira bomba, a porta quase pegou fogo. A confusão começou por volta das 20h. Grupos de manifestantes quebraram também agências bancárias.
Logo depois, dois grupos da tropa de choque da PM cercaram os manifestantes que tentavam colocar fogo na Câmara e conseguiram dispersar o grupo.
Por volta das 21h, cinco ônibus foram queimados no centro da cidade. Um pouco antes, a reportagem do UOL presenciou um intenso confronto entre manifestantes e policiais -- cinco guarnições do choque entraram em ação com dezenas de bombas de efeitos moral e muitos tiros de bala de borracha para dispersar o grupo.
Manifestantes também jogaram muitas pedras no Consulado Americano durante os protestos que ocorreram na noite desta segunda. As janelas da instituição ficaram quebradas.
Policiais militares do batalhão de choque se posicionaram próximo ao consulado e dispersaram os manifestantes com bombas de gás e de efeito moral.
A entrada do edifício Serrador, sede da empresa de Eike Batista, foi totalmente destruída pelos vândalos. Eles usaram os próprios tapumes para quebrar as vidraças.
Na semana passada, policiais e manifestantes entraram em conflito com o saldo de 23 feridos.
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