Governo de SP estima cerca de R$ 1 milhão em prejuízos em escolas ocupadas
O governo do Estado de São Paulo contabilizou cerca de R$ 1 milhão em prejuízo em escolas estaduais que foram ocupadas. O valor se refere a 72 da 81 escolas que registraram incidentes como furto ou depredações durante ou após as ocupações.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que o levantamento está sendo feito pela direção de cada uma das escolas e ainda não inclui perdas com merendas.
Ao todo, 13 escolas permanecem ocupadas no Estado. Segundo o governo Alckmin (PSDB), seis unidades registraram ocorrências de furto, depredação e vandalismo apenas no último final de semana.
Em Guarulhos, além da danificação e destruição de objetos da secretaria da escola Conselheiro Crispiniano, das salas de coordenação, de mediação e de equipamentos de festas, foram furtados oito computadores, três notebooks e seis radiocomunicadores. Já na E.E. Carlos Gomes, em Campinas, foram furtados dois televisores e a sala de informática foi revirada.
Na Escola Estadual Mário Avesani, em Santa Cruz das Palmeiras, na região de Pirassununga, invasores furtaram os HDs das câmeras de segurança, computadores da secretaria e da diretoria e notebooks da sala dos professores. Na ação, portas da escola foram arrombadas.
Das escolas estaduais Ayrton Busch e Professor Antonio Xavier de Mendonça, ambas em Bauru, foram furtados CPUs e monitores. Da Escola Estadual Professor Arthur Chagas Junior, na zona leste da capital, foram levados eletrodomésticos da cozinha e objetos da sala dos professores, que foi a mais danificada.
"A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo continua a enviar as equipes das diretorias de ensino para dialogar com os manifestantes que se encontram nas 13 escolas ocupadas e espera que eles entreguem aos seus diretores as chaves das escolas no momento em que elas forem desocupadas", afirma a Secretaria em nota.
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No final de 2015, o governo do Estado de São Paulo veiculou uma campanha publicitária na televisão na qual apresenta o projeto de reorganização à população. Foi estimado um gasto de R$ 9 milhões até o término do anúncio.
O valor foi confirmado pela assessoria de imprensa da gestão Geraldo Alckmin (PSDB). O filme foi ao ar após uma série de protestos contra a medida.
Ocupações
As ocupações começaram no início de novembro e após um mês, estudantes estavam em quase 200 unidades em todo o Estado.
No último dia 4, Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, anunciou o adiamento da reorganização escolar. "Alunos continuam nas escolas em que já estudam. Os debates serão feitos em 2016", disse.
A medida previa o fechamento de 92 escolas e reorganizava as restantes por ciclo único. Desse modo, estudantes do ensino fundamental ficariam em unidades diferentes do ensino médio.
Desde o anúncio da reorganização, alunos, pais e professores realizaram protestos em vários pontos do Estado. Eles argumentavam que o objetivo da reestruturação era cortar gastos e temiam a superlotação das salas de aulas, além de alegarem a ausência de diálogo durante o processo.
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