Da 'injustiça' à esperança: aluno ganha 700 pontos após correção do Enem
Resumo da notícia
- Aluno perdeu mais de 700 pontos com a correção errada de sua prova
- Após denunciar o caso ao MPF, ele checou novamente a nota
- O jovem agora tem chances de passar no curso de medicina
- Para ele, problema foi um desrespeito com os estudantes e um "desgaste psicológico"
O estudante Gustavo Valverde, 18, que fez a prova em Viçosa (MG), soube hoje, às 18h07, que a sua nota no Enem foi revisada. Com a "correção da correção", sua nota saltou 306,7 pontos em Ciências da Natureza e 421,2 pontos em Matemática.
Até então, ele ainda sentia-se "injustiçado e impotente" diante do resultado errado. Mas agora vê aumentar a esperança por uma vaga em medicina, o curso que Gustavo sonha cursar na UFV (Federal de Viçosa) ou na UFU (Federal de Uberlândia).
Gustavo é um dos cerca de 6.000 estudantes afetados por um erro na correção da disciplinas do segundo dia do Enem. E Viçosa é uma das quatro cidades com mais casos de falhas na correção, segundo o Inep, o braço do MEC (Ministério da Educação) que organiza a prova.
O ministério reconheceu o erro e passou a corrigir as notas hoje, após encerrar o pedido para pedir a revisão das notas.
O início da inscrição para o Sisu está mantida para amanhã. O ministro Abraham Weintraub afirmou que será estendido em dois dias, até o domingo, o prazo para inscrever-se na ferramenta — que reúne vagas em grande parte das universidades públicas no país.
Denúncia no MPF
Gustavo soube do novo resultado quando retornava de Juiz de Fora, a 173 quilômetros de Viçosa. Ele havia passado o dia inteiro no Ministério Público Federal, onde havia prestado informações à procuradoria, que investiga o erro.
"Foi uma extrema falta de respeito com os estudantes. Um desgaste psicológico muito grande", afirmou hoje à noite, sobre o drama que passou desde a primeira correção da prova até agora.
Além da denúncia ao MPF, Gustavo reclamou à ouvidoria do Inep.
Três anos de preparação
O estudante é de Leopoldina, uma outra cidade de Minas, a 200 quilômetros de Viçosa, cidade para a qual se mudou no final do 9º ano do ensino fundamental para se preparar para o Enem, estudando no Coluni, o Colégio de Aplicação da UFV, onde fez todo o ensino médio entre 2017 e 2019.
Valverde considera a prova do Enem "traumática". "Além de não medir conhecimento e, sim, resistência, ainda passa por erros graves na administração. É triste", afirmou.
* Colaborou Ana Carla Bermúdez, do UOL, em São Paulo
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