Estudantes recebem apoio de voluntários em escolas ocupadas em São Paulo
As ocupações dos estudantes nas escolas estaduais de São Paulo contra a reorganização escolar receberam nos últimos dias o apoio de grupos voluntários. Depois de uma ação nas redes sociais para "doação" de aulas, montou-se anteontem um dispositivo para reunir "guardiões" para as escolas.
Esse dispositivo foi desenvolvido pela ONG Rede Minha Sampa, com o objetivo de criar uma rede de voluntários que possam ser mobilizados pelos alunos de escolas ocupadas em situações de ameaça, como uma desocupação à força. "Nós queríamos dar uma contribuição para esses alunos, sem interferir no debate político.
A gente acha que a reorganização tem pontos muito polêmicos e desafiadores que não foram debatidos com a sociedade. Mas o que mais nos preocupa é a presença da PM nessas escolas", diz Ana Lívia Arida, diretora executiva da rede. Em menos de um dia, a "rede de guardiões" recebeu mais de 1,3 mil inscritos. "Estamos em contato diário com os alunos das ocupações e nos relatam apreensão e medo de represálias. Precisamos apoiá-los."
Aulas
O grupo Hub Livre conseguiu reunir mais de 2 mil aulas doadas para as escolas ocupadas. Os temas vão desde ciência política e educação sexual até dívida pública.
Já o escritório Pinhão e Koiffman Advogados, na Vila Olímpia, zona sul da cidade, liberou seus profissionais para participarem mesmo no horário comercial de aulas nas escolas ocupadas. A iniciativa partiu da advogada Mariana Veiga, de 30 anos, que coordena a área de comunicação do escritório.
"Eu me interessei em falar de direito do consumidor em algumas das escolas por admirar o que está acontecendo. Como o escritório se envolve em outras ações sociais, ofereci a opção para outros colegas", afirma Mariana.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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