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Ensino Fundamental

História do Brasil - A Confederação do Equador

Érica Alves da Silva

A Confederação do Equador

Introdução

Compreender a Confederação do Equador permite aos alunos perceber as intencionalidades dos sujeitos históricos no passado brasileiro e compará-las com os embates que se efetivam na política atual.

Também possibilita avaliar o quanto a outorga da Constituição de 1824 deixou diversos grupos insatisfeitos no país, já que ela contrariava os desejos daqueles que possuíam ideais republicanos e federativos - e Pernambuco demonstrava tais propósitos desde 1817.

Uma aula debatendo tais questões permite trabalhar com a idéia de permanência, pois todo esse contexto está relacionado à Insurreição Pernambucana e à forma como o sistema político do país era conduzido.

Objetivos

1) Reconhecimento das condições econômicas de Pernambuco no início do século 19.

2) Reconhecimento da continuidade das motivações e dos interesses que provocaram a Insurreição Pernambucana e a Confederação do Equador.

3) Análise dos interesses dos sujeitos históricos durante a formulação da Constituição de 1824.

4) Reconhecimento e valorização da diversidade de sujeitos históricos que participaram da rebelião, que contou com o apoio de brancos pobres e negros, livres e escravizados, além de outros setores da sociedade.

5) Análise do contexto histórico posterior à independência do país.

Estratégias

1) Antes de debater com os alunos a importância da Confederação do Equador é importante que eles tenham clareza sobre a relevância de uma constituição. Para isso, parta do conhecimento prévio que eles têm. Escreva na lousa a palavra Constituição e faça uma tempestade de idéias com a turma. Registre todas as idéias que surgirem.

2) Complemente a tempestade de idéias com informações fundamentais, caso elas não tenham sido apresentadas pela turma. É importante ressaltar que em uma constituição estão presentes as normas que fixam a forma de governo, a organização dos poderes políticos e os direitos e deveres dos indivíduos; e que, portanto, sua formulação pode ser conturbada, já que os grupos sociais nem sempre possuem o mesmo projeto para o país.

3) Faça uma pequena linha do tempo na lousa e pergunte aos alunos qual fato histórico de extrema importância aconteceu pouco antes de 1824. Mesmo que eles não apresentem a independência do país como fato relevante, lembre do acontecimento e lance perguntas problematizadoras, como: O Brasil se torna independente em 1822, e depois deste fato não havia nada que devesse ser decidido? Será que todos achavam que a política deveria ser conduzida da mesma maneira? Hoje acham isso? O que poderia levar os agentes históricos a idéias diferenciadas? E todas as questões que o professor considerar importante.

4) Nesse momento, exponha aos alunos o que significa dizer que a 1ª. Constituição brasileira foi outorgada, quais os interesses do monarca e qual o significado do Poder Moderador.

5) Depois de tratar do contexto histórico, pode-se iniciar o reconhecimento do que foi a Confederação do Equador. Entregue aos alunos diferenciados textos sobre ela; retire-os de livros didáticos ou mesmo da internet.

6) Enquanto eles lêem esse material, prepare na lousa um pequeno mapa conceitual sobre a Insurreição Pernambucana. Ele deve estar incompleto e, na seqüência, ser terminado com as informações que os alunos trouxerem sobre a Confederação do Equador, demonstrando as relações entre os dois fatos históricos. Além disso, esse mapa deve retomar as causas das insatisfações surgidas com a outorga da Constituição de 1824.

Atividades

1) Peça que os alunos façam, individualmente, um quadro comparativo que estabeleça diferenças e semelhanças entre a Insurreição Pernambucana e a Confederação do Equador.

2) Posteriormente, peça que apresentem seus quadros comparativos e que um deles organize, em um cartaz, as informações consideradas mais importantes. Esse cartaz pode ficar exposto na sala de aula, para consultas.

3) Por fim, peça que cada grupo apresente as intencionalidades de alguns dos sujeitos históricos que participaram da rebelião, dando voz a perdedores e ganhadores.

Sugestões

Os alunos podem ser divididos em equipes. Elas devem escolher um fato da política atual que considerem relevante e que possa ser comparado, de alguma forma, à Confederação do Equador. Dessa maneira, perceberão que as reflexões sobre o passado devem servir a questionamentos em relação ao presente.

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