Lei da mordaça

NOTA 8,5

O projeto de lei "escola sem partido" é um atentado a à educação brasileira, disfarçado de neutro o projeto se aprovado brasileira. Disfarçado de neutro, o projeto, se aprovado, retira a autonomia dos professores e o olhar crítico dos alunos perante a em relação à sociedade.

O projeto acusa professores e até mesmo os livros didáticos de doutrinarem os alunos ao com o pensamento "esquerdista" ou a ideologia do "comunismo". Em meio a uma crise política e uma polarização do país entre esquerda e direita, esse projeto agravaria ainda mais a intolerância intolerância, pois retira da sala de aula o debate político, tão importante para formação cidadãos.

Faz Fazem parte da grade curricular teóricos como MarxMarx, que tem uma grande influencia influência até hoje com suas críticas ao capitalismo e à desigualdade, estudar desigualdade. Estudar Marx não é uma doutrinação e sim uma compreensão crítica da sociedade.

O projeto além de autoritário O projeto, além de autoritário, é mal elaborado pois não deixa claro como os professores abordariam temas hoje obrigatórios sem serem considerados doutrinadores pelo projeto. Em matérias de humanas, entender a sociedade e a desigualdade social faz parte da grade curricular.

É preciso pressão popular no parlamento para que o projeto não seja aprovado, todo aprovado. Todo professor merece liberdade para educar, todo aluno merece se tornar um cidadão critico crítico, toda escola deve ser aberta a debates, não existe doutrinação comunista ou esquerdista, existe cada vez mais entre jovens uma preocupação com a igualdade social e isso esta está sendo visto como ameaça pelos criadores do absurdo projeto de lei "escola sem partido".

Comentário geral

Texto muito bom. O autor consegue comunicar suas ideias e seguir uma lógica na construção de seu raciocínio até chegar à conclusão. Pode-se não concordar com os argumentos do autor e há neles pontos questionáveis, na medida em que, somente pela perspectiva de um pensamento de esquerda, eles têm valor indiscutível. Seria necessário comprovar os argumentos de maneira incontestável e há vários pensadores posteriores a Marx para fazer essa contestação. Mas é evidente que isso está além do que deve ser avaliado numa redação escolar. Retiramos 0,5 da competência 3 pelo sectarismo dos argumentos, que também existe na conclusão, onde o autor continua a argumentar, quando deveria apresentar propostas. 

Aspectos pontuais

1) Segundo parágrafo: não há necessidade de aspas, pois a acusação é essa mesma. Para desacreditar a acusação não basta colocar aspas nos substantivos mencionados. Melhor seria dizer: O projeto acusa professores e até mesmo os livros didáticos de supostamente doutrinarem os alunos...

2) Terceiro parágrafo: o argumento é discutível. Para os marxistas, o marxismo tem caráter científico e constitui o pensamento crítico. Mas isso vale exclusivamente para os marxistas. O debate social abrange outras correntes de pensamento. Para citar alguns críticos de Marx, podemos mencionar Karl Popper e Raymond Aron. Há também sociólogos como Max Weber, cuja análise social não segue os moldes marxistas. Em última análise, afirmar que marxismo não é um ponto de vista, mas sim a análise científica da realidade social, é um argumento que não é sólido, não é irrefutável. Seria necessário fundamentar o argumento em bases sólidas, o que um estudante do Ensino Médio não tem condições de fazer. Tiramos meio ponto da competência 3 por causa de argumentos como esse, que são partidários. Mas outros professores poderiam dar a nota máxima nessa competência.

3) Quarto parágrafo: a) a sentença começa e termina com a palavra projeto. b) Não é verdade que o projeto não aponta como o professor deve conduzir o debate. O projeto propõe que se mostrem outras visões da sociedade além da marxista, que supostamente prevalece. c) Seria melhor falar em ciências humanas, em vez de matérias de humanas.

Competências avaliadas

Itens Nota
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,5
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 2,0
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 1,5
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 2,0
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 1,5
Nota final 8,5
Saiba como é feito a classificação das notas
2,0 - Satisfatório 1,5 - Bom 1,0 - Regular 0,5 - Fraco 0,0 - Insatisfatório

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