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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Agosto/2016 Escola no Brasil: com partido ou sem partido?

Redação corrigida 500

Ensino ou doutrinação?

Inconsistente Erro Correção

No dicionário da língua portuguesa, ensinar significa transmitir experiências, repassar ensinamentos, instruir alguém. Enquanto doutrinar expressa-se como quer dizer transmitir à a um indivíduo alguma crença ou atitude particular, com o objetivo de que não aceite uma opinião diferente. Mas então Então, qual o problema de um professor doutrinar os seus alunos?

Principalmente na fase de pré-adolescente, o jovem ainda não tem a opinião formada, é fortemente e facilmente influenciado por outros. Principalmente na pré-adolescência, o indivíduo está mais sujeito à influência alheia. Com isso, se o professor começar a impor a sua opinião em sala de aula, os pensamentos dos mais jovens serão interferidos e a opinião do aluno será comprometida. Como o projeto de lei Escola Sem Partido espera, a doutrinação política na sala de aula será o fim.

Porém, não são todos os professores que fazem doutrinação e não são todos os alunos que são influenciados com facilidade. Cada aluno chega à escola com a sua história, religião, cultura e aprendizados familiares. O que não é permitido pode acontecer é o professor impor apenas a sua visão, ele visão. Ele deve mostrar ao aluno todas as opiniões possíveis de existentes sobre determinado assunto. Por meio de filmes, livros, notícias e diferentes opiniões, o jovem começa a ter o seu próprio ponto de vista. Não há mal em o educador expressar a sua opinião para os alunos, desde que não prejudique ou constranja os alunos.

Em relação á à política, é evidente que cada um tem uma opinião diferente comparando com outros. Várias pessoas julgam determinados partidos e governos com críticas negativas ou positivas e há muitos professores entre esses indivíduos. O orientador consegue demonstrar a sua crença, demonstrando novas ideias ao lecionando sem que faça propagandas de partidos e sem induzir o aluno à a ir em protestos ou atos públicos.

Existe uma assimetria entre professor e estudante, mas isso não significa que o aluno absorva exatamente tudo o quê que o docente diz. Cabe ao governo aprovar a lei Escola sem Partido, para deixar pais e orientadores informados sobre o quê que se pode ou não falar em sala de aula. Campanhas em revistas, jornais e redes sociais solicitando a interrupção da doutrinação em classe e algumas passeatas fariam com que o problema se minimizasse, deixando as pessoas cientes que não se deve doutrinar. Também cabe aos pais aconselharem sobre as crenças políticas ou religiosas, e, assim, religiosas. Assim, a criança será menos influenciada por opiniões diferentes.

Comentário geral

Texto satisfatório, mas prolixo, com muitas divagações e com problemas pontuais de relativa gravidade. O conjunto se salva, pois o texto tem inequivocamente caráter dissertativo e argumentativo. O caráter da argumentação, por outro lado, revela uma compreensão do tema que é apenas relativa, não é de todo abrangente ou profunda.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a) existem vários dicionários da língua portuguesa. Ou se menciona especificamente um ou se diz, simplesmente: Em língua portuguesa, educar significa.... b) O autor não aproveita bem a diferença que aponta existir entre educar e doutrinar. Ele apenas mostra que há uma diferença, o que, em princípio, o leitor já sabe. c) Dada a definição de doutrinar, parece uma ingenuidade perguntar qual é o problema com a doutrinação, porque já ficou claro que o professor não é um doutrinador, mas um educador.

2) Segundo parágrafo: a) Esse eco das palavras terminadas em ente não é recomendável, pois desvia a atenção do leitor daquilo que se pretende comunicar. b) Esse uso de interferir na voz passiva é incorreto. Pode-se interferir nos pensamentos de alguém, mas não se pode dizer que os pensamentos de alguém foram interferidos. c) A última frase é ambígua: aparentemente, o aluno quer dizer que, com a lei, a doutrinação terá um fim. Do jeito que escreveu, no entanto, é impossível ter certeza.

3) Quarto parágrafo: a) o trecho em vermelho está mal escrito, é confuso. Bastava dizer que: em matéria de política, há muitas opiniões diferentes ou divergentes. A frase que vem a seguir é uma tentativa desnecessária de explicar essas diferenças. b) Falar em orientador e lecionando para evitar repetir as palavras professor e aluno é bobagem. Melhor a repetição do que termos que soam artificiais e destoam da linguagem até então usada pelo autor. c) demonstrar sua crença demonstrando suas ideias é uma repetição absurda.

4) Quinto parágrafo: se o autor defende a aprovação da lei contrária à doutrinação, esse é o método que ele vê para solucionar o problema. Se a lei proíbe, não é necessário que campanhas solicitem o cumprimento da lei. A proposta de passeatas reivindicando o esclarecimento dos doutrinadores e o fim da doutrinação beira o surrealismo. Por fim, é importante frisar que não é um ponto pacífico a existência da doutrinação nas escolas. É essa polêmica que o autor não consegue entender de um modo claro e abrangente.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 100
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 100
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 100
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 100
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 100
Nota final 500

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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