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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Agosto/2016 Escola no Brasil: com partido ou sem partido?

Redação corrigida 450

Militância partidária

Inconsistente Erro Correção

Um grande debate surgiu sobre a conduta dos professores na sala de aula Atualmente, no Brasil, está ocorrendo um grande debate sobre a conduta dos professores em sala de aula: de um lado, a organização Escola Sem Partido defende a ideia de considera que os professores aproveitam de suas posições de mestres e conduzem o pensamento político dos alunos. De outro, professores e educadores afirmam que é impossível ensinar humanidades sem se posicionar sobre uma ideologia.

A escola possui o papel de formar cidadãos preparados para a vida em sociedade. Os profissionais que nela atuam detêm um posicionamento político que, se usado para persuadir os alunos, ferirá aos direitos dos mesmos estará lhes ferindo o direito.

Os estudantes, bem como a população de modo geral, têm o direito de pensar de forma crítica e de se apropriar de uma cultura conhecimentos, sem a intervenção de terceiros. Uma ideologia ser imposta pelos professores, é violar a liberdade de crença do aluno. A imposição de uma ideologia pelos professores viola a liberdade de crença do aluno.

Questões de natureza religiosa e moral são os únicos assuntos que necessitam de intervenção, pois cada família possui uma maneira de conduta. Fora isso, fica a critério de cada indivíduo sua forma de pensar politicamente.

É possível que exista existam debates políticos em sala de aula mesmo com a lei da Escola Sem Partido. O mestre em sala Em sala, o mestre poderá conduzir um debate, porém, sem se posicionar sobre nenhum lado em questão. Todos os lados devem ser debatidos, questionados e aceitos.

Portanto, é de extrema importância que professores e educadores tenham essa ideia em mente. Os estudantes terão uma oportunidade de pensar por si só, e poderão se tornar cidadãos mais conscientes e preparados para o cenário político.

Comentário geral

Texto fraco, marcado pela dificuldade de se expressar com clareza e correção. A própria argumentação com que o autor defende uma escola sem partido é confusa. Apesar de ter compreendido o tema da redação, o autor o analisa de forma superficial, fazendo afirmações sem justificá-las e efetivamente juntá-las para formar um raciocínio.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a) O autor começa mal, sem situar as circunstâncias em que o debate ocorre ou surge. b) a expressão defende a ideia é bastante infeliz no contexto, uma vez que a Escola Sem Partido defende justamente o contrário: considerando que os professores doutrinam ideologicamente os alunos, a organização defende medidas para evitar esse problema. c) Os alunos têm um pensamento político próprio e o professor tenta conduzi-lo de acordo com suas crenças? Não é isso que ocorre, segundo a Escola Sem Partido. A organização declara que os professores influenciam o pensamento dos alunos, levando-os a ter certas convicções políticas. d) Também aqui o autor se expressa mal. O ponto de vista contrário é que as ciências humanas não são neutras ideologicamente – como é a matemática, por exemplo. Disso decorre, que o ensino dessas ciências é obrigatoriamente ideológico.

2) Terceiro parágrafo: mais uma vez o autor se confunde ou se equivoca. Se o aluno se apropria de conhecimentos e forma o seu pensamento sem intervenção de terceiros, aparentemente esse aluno é um autodidata. Quem está na escola, em teoria, não é autodidata. O que o autor quer dizer aqui, ele só vai conseguir no quinto parágrafo: que o professor deve mostrar aos alunos as diversas interpretaçõs de determinada questão, para que os próprios alunos tirem suas conclusões.

3) Quarto parágrafo: religião e moral necessitam de intervenção? Como assim? Quem faria essa intervenção? E por que nessas questões o aluno não pode extrair conclusões por si mesmo?

4) Quinto parágrafo: a) mestre em sala faz o leitor imediatamente pensar em mestre-sala, que é outra coisa. b) Aparentemente, deve-se discutir e questionar todos os lados, mas não aceitá-los todos. A ideia é que alguns dos lados não têm razão e esses devem ser conhecidos, mas não necessariamente aceitos.

5) Sexto parágrafo: a) não há propriamente um erro, mas o aluno deveria relacionar o que declara sobre os professores com o que declara dos alunos. Assim: Portanto, é de extrema importância que professores e educadores tenham essa ideia em mente, pois só assim os estudantes terão oportunidade de pensar por eles mesmos, para se tornar cidadãos mais conscientes. b) O que é cenário político? Como se preparar para esse cenário? Nem todos os alunos vão atuar nele, assim como essa atuação vai variar muito, dependendo de cada indivíduo. Há os que só vão votar, os que vão fazer campanha, os que vão se candidatar e os que vão se eleger para diferentes cargos. Melhor seria falar em estudantes preparados para cumprir suas obrigações cívicas e fazer suas escolhas políticas.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 100
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 100
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 100
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 100
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 50
Nota final 450

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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