"Uma moeda para o Barqueiro"

NOTA 1,0

Os gregos acreditavam que que, quando uma pessoa falecia, só seria possível ela adentrar no mundo dos mortos através do com a ajuda do Barqueiro - uma figura mitológica que transportava as almas em seu barco em troca de moedas – diante disso moedas. Por isso, era colocada uma moeda junto ao cadáver. De modo análogo, quando um criminoso utiliza sua confissão como moeda de troca para abrandar sua pena, surge um dilema moral, social e jurídico.

Primordialmente Primeiramente, no tocante ao conjunto de normas morais morais, o conceito físico de "ponto de referência", exemplifica, que referência" exemplifica que ambas as decisões dependem apenas do âmbito em que se encontram, sendo ambas relativamente corretas. Portanto, se o interrogado omitir os delitos, estará colaborando para a marginalização, todavia, confessar colocaria os valores do Estado, acima dos princípios morais. Sem mencionar a possibilidade de vingança dos infratores denunciados.

Ademais, os ideários de Thomas Hobbes sustentam que o homem tende ser egoísta e narciso narcisista, priorizando os próprios interesses, dessa forma, buscando o mais benéfico. Sob o ângulo jurídico, pode-se dizer que é dever do Estado assegurar a ordem, e se pra tal exigir ordem e, se para tal, exigir o uso de violência, esta será legítima, da mesma forma a delação premiada será admissível, em outras palavras, citando Maquiavel "os fins justificam os meios".

Diante do exposto, medidas devem ser tomadas para solucionar o impasse. Tal como, cabe ao Estado potencializar a proteção à testemunha. Bem como, é recomendável a apreensão de bens, caso a testemunha não colabore com as investigações. Assim sendo, obter as informações relativas ao caso será vantajoso para o poder público, bem como, aos alvos de acusação.

Comentário geral

Texto fraco, que, curiosamente, revela um autor que sabe usar a norma culta para escrever, não comete erros gramaticais graves, mas, em termos de conteúdo, a redação beira o surrealismo e o non-sense. As reflexões que o autor tenta expressar traçando analogias absurdas não chegam a formar nem um raciocínio, nem uma sequência de raciocínio, pelo que o texto, apesar de só apresentar problemas gramaticais graves no último parágrafo, não é uma dissertação, mas um conjunto de divagações sem muito sentido. 

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a analogia entre Caronte, o barqueiro mitológico, e a delação premiada não faz o mínimo sentido. Claro, nos dois casos, há uma troca, mas existem milhões de situações que implicam troca. O fato de a delação ser usada como moeda de troca é evidente por si mesmo. De modo que o parágrafo traça uma analogia inadequada para simplesmente expressar o óbvio sobre a delação premiada.

2) Segundo parágrafo: agora a analogia sai do universo mitológico e vem para o mundo físico, mas continua a não fazer sentido nenhum. De que decisões fala o autor? O que significa colaborar para a marginalização? Não seria colaborar com o crime?

3) Terceiro parágrafo: a) o autor quer exibir conhecimentos. Agora, apela equivocadamente para Hobbes, cuja filosofia não é uma reflexão sobre a psicologia individual de ninguém, mas uma reflexão sobre a sociedade. O conceito de narcisismo nem existia quando Hobbes escreveu. Narcisismo data do século XIX. Hobbes morreu dois séculos antes. b) Essa afirmação de que o Estado deve ser maquiavélico também não é muito correta. O Estado não pode usar meios ilegais para obter seus fins, a menos que se trate de um Estado totalitário ou ditatorial.

4) Quarto parágrafo: a) Não existe nenhum impasse na proposta de redação. Há, sim, um problema. b) Além de se expressar agora por meio de uma sintaxe truncada, as soluções que o autor sugerem já existem e ele nem sequer consegue deixar explícito como elas se relacionam com a delação premiada.

Competências avaliadas

Itens Nota
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,0
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 0,0
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 0,0
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 0,0
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 0,0
Nota final 1,0
Saiba como é feito a classificação das notas
2,0 - Satisfatório 1,5 - Bom 1,0 - Regular 0,5 - Fraco 0,0 - Insatisfatório

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