REDAÇÕES CORRIGIDAS - Novembro/2017 Delação premiada: justiça, injustiça ou traição?
Prendendo peixes grandes
A delação premiada tornou-se conhecida dos brasileiros nos casos de escândalos de corrupção envolvendo a diretores da Petrobrás e autoridades do governo brasileiro governo. Esse instituto instituto, que é um atalho para a justiça e a investigação policial policial, tem sido extremamente vantajoso.
A colaboração premiada tem sido de grande valia nas investigações policiais envolvendo os casos de corrupção no Brasil. Através deste instituto em que os dedos-duros delatam os demais integrantes das organizações criminosas, inclusive os maiores criminosos, os peixes grandes. Certamente, os benefícios jurídicos penais da Lei estimulam a delação.
Prevista na Lei 12.850/2013, Lei da Organização Criminosa, a delação premiada é um mecanismo de prova legítimo que prevê uma forma legal de colaboração com a finalidade de prevenir e reprimir os crimes. Dessa forma, um estímulo aos criminosos, vistos sem saída já presos, e podendo obter benefícios da lei, delatam os demais comparsas. Dessa forma, a lei estimula os criminosos já presos, oferecendo-lhes benefícios em troca de informações sobre seus companheiros e líderes.
Por todo o exposto, a colaboração premiada é um instrumento legal e moral à disposição da polícia e da Justiça como uma forma de atalho para elucidar as organizações criminosas, principalmente nos crimes do colarinho branco, que envolvem autoridades, em que os mandantes são delatados pelos comparsas já presos.
Comentário geral
Texto mediano, que, apesar de escrito em sua quase totalidade numa linguagem formal e gramatical, tem como principal problema a falta de informações e a redundância: nos dois primeiros parágrafos o autor afirma que a lei da delação premiada é útil e no último parágrafo, só acrescentará que ela é moral ou ética, uma vez que auxilia a polícia e a Justiça (bem como a própria sociedade, que o autor esqueceu de mencionar). No terceiro parágrafo, o autor dá sua definição da lei e tenta comentá-la no trecho em vermelho, cuja sintaxe está truncada. Apesar do parágrafo final não apresentar sequer um erro, ele não chega a constituir uma conclusão porque é apenas o desfecho de outras declarações que não estão corretamente conectadas entre si por recursos coesivos, nem conclui uma linha de raciocínio, pois não existe essa linha no texto.
Aspectos pontuais
1) Primeiro e segundo parágrafos: a) o autor termina o primeiro parágrafo e começa o segundo repetindo a mesma ideia com outras palavras. b) Dedo-duro é gíria e destoa do vocabulário que o autor usa em todo o texto, é um deslize para fora da norma culta.
2) Terceiro parágrafo: a sintaxe do autor não obedece às normas do português. Apresentamos uma sugestão de correção em verde.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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