História geral - Apartheid
Apartheid
Introdução
Para que os alunos realmente entendam quais foram as influências do apartheid na vida cotidiana dos sul-africanos é preciso que analisem o quanto essa política de segregação racial atingiu todos os aspectos da sociedade. Assim, não serão valorizados apenas os sujeitos históricos que alcançaram a grande mídia, mas analisadas as ações cotidianas daqueles que construíram a história da África do Sul.
É importante que o contexto histórico em que o apartheid se efetivou seja objeto de análise para que o fenômeno seja compreendido em sua complexidade, ou seja, que se avalie as justificativas usadas para sua implementação.
Objetivos
1) Reconhecimento do contexto histórico em que se desenvolveu o apartheid;
2) Reconhecimento das justificativas ideológicas para a implementação desse sistema racista de dominação;
3) Reconhecimento da importância do estudo da história do cotidiano.
Estratégia
1) Sem explicar aos alunos que fato histórico estudarão, inicie a aula lendo com a turma pequenos textos que demonstrem o quanto cada espaço era claramente definido para o uso de uma determinada "raça" (caso exista este tipo de relato em seu livro didático, ainda não o use, deixe-o para as pesquisas que os alunos farão posteriormente). Leve aos alunos exemplos da separação em hospitais, no uso de ambulâncias, nas escolas, a proibição dos casamentos "mistos", segregação em praias, piscinas, bibliotecas públicas etc.
2) Agora questione se imaginam de que realidade histórica se trata. Em que país acreditam que se efetuaram tais fatos e por qual razão.
3) Apresente aos alunos o contexto histórico em que se efetuou o apartheid. Faça isto de modo expositivo, anotando na lousa os principais aspectos desta política de segregação racial e as ações de sujeitos históricos como Nelson Mandela no desenvolvimento da luta anti-segregacionista. É importante que se analise o fato de que enquanto parte do mundo procurava desmantelar sua legislação discriminatória, na África do Sul acontecia o inverso, ou seja, se institucionalizava o preconceito.
4) Discuta com os alunos as motivações ideológicas, ou melhor, as justificativas para sua existência, tais como a crença na existência de raças superiores e inferiores etc.
5) Para finalizar, faça uma análise das leis criadas durante o apartheid para que os alunos reconheçam o "endurecimento" dessa política de segregação racial.
Atividades
1) Divida a sala em grupos e peça que cada um analise algum aspecto do apartheid, para que seja exposto para o restante da sala (seminários). Cada grupo deve resumir os aspectos levantados em um cartaz. Suas exposições devem ser breves, com cerca de cinco minutos, e após cada apresentação os cartazes devem continuar afixados na lousa.
2) Assim que as equipes acabarem suas exposições use seus cartazes como um mapa conceitual e retome os temas principais ou mesmo os aspectos que não tenham sido evidenciados.
3) Para o desenvolvimento da relação entre passado e presente, analise as dificuldades da população negra sul-africana na atualidade. Uma abordagem possível é a parca reforma agrária que se efetuou no país, com a maior parte das terras nas mãos dos bôeres (brancos de origem holandesa).
Sugestões
Na revista "Carta na Escola" (edição no 18 do mês de agosto) há uma matéria assinada pelo historiador Joel Rufino dos Santos, denominada "O apartheid visto do Brasil". A sua análise pode auxiliar no tratamento do tema e ainda possibilitar uma análise comparativa do racismo sul-africano com o brasileiro. Para uma análise mais detalhada da riqueza na exploração da chamada história do cotidiano segue a indicação de uma obra da historiadora Maria Izilda Santos de Matos, denominada "Cotidiano e Cultura: História, Cidade e Trabalho" (Bauru, SP: Edusc, 2002).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.