Estupro: de quem é a culpa?
O estupro é um crime em que a vítima tem o constrangimento de ser forçada a ter relações sexuais por meio de violência e até mesmo sob ameaças. Este tipo de crime tortura a vítima tanto fisicamente quanto psicologicamente, quando em alguns casos não levados à morte. Esse crime tortura a vítima física e psicologicamente, quando não é seguido de morte. E quando sobrevivem Quem sobrevive a tal ato de covardia, as marcas que são deixadas serão carregadas ao longo da vida carregará marcas pela vida toda. A vergonha, vergonha e a inibição sexual, são sexual são características psicológicas causadas pelo estupro, em que se desvirtua toda a vida da vítima.
Mas de quem é a culpa? Muitas pessoas tem têm uma noção errônea de que que, em alguns casos casos, a culpa é da mulher, por exemplo, quando ela sai as às ruas sozinha, quando usam usa roupas curtas ou cor da pele e quando possuem uma condição de vida se comporta de modo diferente dos padrões socialmente adequados, em que, adequados. Assim, ela estaria praticamente pedindo para que o ato ocorresse ser estuprada.
Desse modelo, como Como disse Kurt Cobain Cobain, "Estupro é um dos crimes mais terríveis da Terra. O problema dos grupos que lidam com o estupro é que eles tentam ensinar as mulheres como se defenderem. Enquanto que o o que o que precisa ser feito é ensinar aos homens a não estuprarem". Observa-se que a sociedade ainda está presa na culpabilização considera que a culpa é da vítima, tornando o processo de redução do índice de abuso contra a mulher mais lento, pois as próprias mulheres violentadas se sentem na posição de culpa, na qual torna-se culpadas, o que se torna um dos motivos para que elas não procurem a justiça.
Contudo, Portanto, é necessário que crie-se se criem novas leis leis, com penas mais severas para que os estupradores, paguem estupradores paguem realmente pelo mal que fizeram a sua vítima, assim, não prolongando mais o problema justificando seus erros colocando a culpa na mulher, pois com o tempo perdido procurando justificativa ou o culpado, mais pessoas são traumatizadas com o estupro ou mais vidas se perdem.
Comentário geral
Texto fraco. Não segue uma estrutura dissertativa e nem apresenta uma argumentação em defesa de um ponto de vista sobre a prevenção do crime. Na introdução, o autor se estende na definição de estupro, crime cuja definição é bastante conhecida. Ou seja, chove no molhado. Depois, aponta o fato de se jogar a culpa na mulher, em alguns casos, e responsabiliza esse equívoco pela demora nas investigações dos crimes. Tudo isso é afirmado com muitos volteios, com frases extensas e obscuras, que atentam contra a clareza e objetividade. A conclusão aposta em leis mais severas não só contra os estupradores, mas contra o fato de se culpar a mulher, como se a mentalidade machista pudesse ser extinta por força de lei.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: para que definir o estupro? Será que a maioria das pessoas desconhece o significado da palavra? Mas, se é para definir, para que tanta enrolação? Bastaria dizer: estupro é obrigar alguém a manter relações sexuais contra a sua vontade por meio de intimidação. Por que falar em constrangimento de ser forçada? Se a pessoa é forçada ao sexo isso é evidentemente constrangedor. De resto, quem está forçando, está fazendo algo à força, ou seja, está pressuposto que é por meio de violência ou de ameaça.
2) Segundo parágrafo: a) o autor começa lançando uma pergunta retórica incompleta: de quem é a culpa pelo quê? A linguagem escrita exige que a declaração explicite sobre o quê é feita. De resto, para que retórica? É melhor ir direto ao ponto. b) Aqui, o autor fala que a culpabilização da mulher ocorre em alguns casos. No parágrafo seguinte, dá a entender que isso ocorre sempre e que o fato de a sociedade culpar a mulher atrapalha a investigação do crime.
3) Terceiro parágrafo: a) A citação de Kurt Colbain foi simplesmente lançada para o autor exibir conhecimento, mas ele não a relaciona com nada no texto. É uma citação gratuita que não colabora com o que o autor vem tentando dizer. b) Segue uma reflexão sobre a culpabilização da vítima, escrita num português sofrível. Por exemplo: tornando o processo de redução do índice de abuso contra a mulher mais lento pode ser dito com maior clareza e brevidade assim: tornando mais lento o combate ao estupro. Esticar as frases com volteios linguísticos não dá profundidade às ideias superficiais do autor. De resto, o texto trata ao mesmo tempo de dois fatos distintos: a sociedade jogar a culpa pelo estupro na mulher e o fato de a própria vítima do crime se sentir culpada, sem em nenhum momento perceber que, por trás disso, está a chamada cultura do estupro.
4) Quarto parágrafo: Abusando do gerúndio, o texto se encerra com uma declaração confusa, que fala na prisão de um culpado, que, mesmo preso, continua a ser procurado e a praticar mais estupros. Infelizmente, o autor não percebe que deve tratar de assuntos distintos em frases mais curtas, de modo a não misturá-los e fazer declarações surrealistas.
Competências avaliadas
Itens | Nota |
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Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. | 1,0 |
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. | 1,0 |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. | 0,5 |
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. | 0,5 |
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. | 0,5 |
Nota final | 3,5 |
Saiba como é feito a classificação das notas | ||||
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2,0 - Satisfatório | 1,5 - Bom | 1,0 - Regular | 0,5 - Fraco | 0,0 - Insatisfatório |
Redações corrigidas
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