Estupro: monstruosidade devastadora

NOTA 4,0

No mês de maio, uma jovem de 16 anos que mora no Rio de Janeiro foi estuprada por 33 homens. O estupro coletivo chocou não só o país, como o mundo todo. A cultura de estupro deve ser eliminada, a mulher deve ser mais valorizada e, deve-se dar um basta no machismo, na intolerância, na falta de respeito contra esses exemplos de guerreiras que conhecemos.

Uma jovem de 16 anos, foi anos foi monstruosamente estuprada por 33 homens que a levaram desacordada para o local conhecido como "abatedouro". Além disso, um dos indivíduos utilizou seu perfil no Twitter para divulgar o ocorrido. O que nos faz pensar o quão longe pode chegar a maldade da raça humana. Além de ter acontecido essa monstruosidade, a jovem ainda foi violentada, como se não bastasse, os indivíduos ainda tiveram a crueldade de machucar a garota, deixando não só marcas sentimentais, mas físicas também.

Estima-se que a cada ano no Brasil 0,26% da população sofre violência sexual, o que indica que haja anualmente 527 mil tentativas ou casos de estupros consumados no país, dos quais 10% são reportados à polícia. É de consciência que as mulheres precisam ter inciativas para denunciar esse desrespeito que está impregnado nesses indivíduos. Se o filho vê a mãe apanhando do pai e consequentemente ela não fizer nada por medo, logo, o filho vai crescer sabendo que aquilo que está acontecendo é tão normal quanto qualquer outra coisa.

Por isso, ensinar as crianças que qualquer tipo de violência contra a mulher é crime, é um grande passo para diminuir, se não acabar de vez com a intolerância, desrespeito e machismo. Uma lei rígida deve ser cuidadosamente avaliada e aplicada, tendo em vista que possa obter êxito no país. Contudo, a castração química não é a solução, uma vez que o ato do estupro está ligado a consciência do indivíduo, um psicólogo seria mais viável junto juntamente com a prisão rígida e perpétua do estuprador.

Comentário geral

Texto fraco, marcado por redundâncias e trechos confusos. Falta coesão entre os parágrafos e internamente a eles. Em geral, o autor apenas aglutina declarações, sem estabelecer os nexos entre elas. Quando cita estimativas, o autor não menciona de onde as retirou, talvez por não saber que uma argumentação sólida se constrói com fatos incontestáveis e que o leitor não é obrigado a simplesmente confiar na palavra do autor.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a) o autor começa o primeiro e o segundo parágrafo citando o mesmo fato. Qual o motivo da repetição? Nenhum. b) Quais são os exemplo de guerreiras que conhecemos? Todas as mulheres ou as vítimas de estupro? O trecho é ambíguo, além de ser um lugar-comum.

2) Segundo parágrafo: começa mal, porque de modo repetitivo, mas termina pior ainda com uma divagação sem sentido, em que o autor trata o mesmo fato, isto é, o estupro coletivo, como se fossem coisas diferentes: a monstruosidade, a violência, os machucados, as sequelas físicas e psicológicas se referem a que? Ao estupro coletivo. Fazem parte dele. O que o autor parece querer dizer é que os estupradores, além de cometer a monstruosidade, ainda postaram imagens do crime nas redes sociais, como se estivessem orgulhosos do mal que praticaram.

3) Terceiro parágrafo: a) a estimativa é correta, mas o autor não mencionou a fonte que é a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). b) A expressão é de consciência não faz sentido. O que o autor quer dizer: que há consenso, que há unanimidade, que é de conhecimento geral? c) esse desrespeito de que estão impregnados esses indivíduos é um volteio ambíguo  e inadequado para dizer que as mulheres precisam denunciar a violência contra elas.

4) Quarto parágrafo: a) a solução não pode ser mais genérica, cria-se uma lei e resolve-se o problema. Na prática, não é assim. Já existem as leis, mas os estupros continuam a acontecer. De resto, claro que se vai criar a lei visando obter êxito e não um fracasso. b) A prisão perpétua já é rígida o bastante para precisar de mais rigidez. Se o indivíduo está preso, a castração química não é cogitada, ela só entra em pauta para diminuir os anos de reclusão. E só para estupradores que deixam a cadeia faz sentido um acompanhamento psicológico. Então, toda a proposta de solução é confusa, cabe muito bem no papel, mas na prática não teria valor algum.

Competências avaliadas

Itens Nota
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,0
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 1,0
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 0,5
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 0,5
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 1,0
Nota final 4,0
Saiba como é feito a classificação das notas
2,0 - Satisfatório 1,5 - Bom 1,0 - Regular 0,5 - Fraco 0,0 - Insatisfatório

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