REDAÇÕES CORRIGIDAS - Junho/2016 Estupro: como prevenir esse crime?
Vamos falar sobre isso até que não aconteça mais
No mês de maio deste ano, ocorreu um crime bárbaro que chocou o brasil Brasil provocando as mais diversas manifestações de indignação: o estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro foi o principal assunto de várias manchetes brasileiras.
Não só o corpo da vítima foi violado por 33 homens como imagens do ato foram registradas e divulgadas nas redes sociais pelos próprios criminosos. Como se não bastasse ter sofrido essa violência, ela foi culpabilizada por muitos através das redes sociais, recebeu milhares de críticas e ameaças de morte vindas de pessoas do país inteiro. É por conta desse tipo de reação que grande parte das vítimas não denuncia os estupros e outros tipos de violência que sofre.
Independentemente do comportamento e da aparência, seja garota de programa, seja promíscua, esteja bêbada, esteja sozinha com vários homens em um quarto, nada, absolutamente nada vai justificar uma violência. Infelizmente, quando um estupro acontece, a primeira coisa que se que passa pela cabeça das pessoas é se questionar se a vítima está falando mesmo a verdade? Certamente não é o que ocorre com outros crimes, a não ser que você duvide toda vez que alguém afirma ter sido vítima de um assalto. A resposta é simples: por conta da cultura do estupro, que é muito enraizada na nossa sociedade. Basta dar uma espiada nos comerciais de cerveja, em algumas novelas e revistas. Ao disseminar termos que denigrem as mulheres, permitir a objetificação do dos corpos delas e glamurizar a violência sexual, a cultura do estupro passa adiante a mensagem de que a mulher não é um ser humano, e sim uma coisa.
O que mais revolta é que casos terríveis dessa natureza não são inéditos no Brasil e, com toda certeza, não serão os últimos. Isso porque a legislação penal vigente no país é extremamente branda a com quem comete crimes, inclusive hediondos. E infelizmente, enquanto não houver punições mais rígidas contra esses monstros, os cidadãos de bem continuarão sendo violentados e sofrendo todo tipo de atrocidade.
Portanto, medidas precisam ser tomadas a fim de combater a cultura do estupro. É necessário São necessárias punições mais severas e investir investimentos em campanhas de conscientização da sociedade. A educação é fundamental. Em casa e nas escolas, os pais e professores devem ensinar as crianças desde pequenas o respeito ao próximo, campanhas contra pequenos atos e comportamentos que legitimam a violência contra a mulher. Assim, o Brasil será referência mundial em previnir prevenir o estupro.
Comentário geral
Texto excelente para os padrões que se exige de uma redação escolar. O autor soube desenvolver a dissertação, seguindo a ordem típica de introdução, desenvolvimento e conclusão. Apresentou argumentos em defesa de seu ponto de vista e criou um texto autônomo, que pode ser lido mesmo sem conhecimento prévio da proposta, porque esta se evidencia no desenrolar do próprio texto. Há poucos erros e de pequena significação, mesmo os trechos em vermelho, mais graves, não comprometem o conjunto.
Aspectos pontuais
1) Terceiro parágrafo: A frase em vermelha ficou solta, não está bem encadeada em termos lógicos e sintáticos com o resto do parágrafo. O autor queria comparar a situação do estupro com a do assalto e mostrar que, no caso da violência sexual, existe uma mentalidade que resposabiliza a vítma, mas ele não concatenou adequadamente as ideias.
2) Quinto parágrafo: mais um problema de sintaxe, de concatenação das ideias. Ficou faltando um verbo que introduzisse o trecho assinalado em vermelho. Exemplo: “os pais e professores devem ensinar as crianças desde pequenas o respeito ao próximo, deve haver campanhas contra pequenos atos e comportamentos que legitimam a violência contra a mulher”.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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