REDAÇÕES CORRIGIDAS - Junho/2016 Estupro: como prevenir esse crime?
Mas qual [que] roupa você estava usando?
O ato de estuprar estupro é um crime considerado tão violento, que ele é denominado como crime hediondo. Mas, a banalização de assédios e estupros está tão presente no cotidiano cotidiano, que o simples fato de ser assediada em plena luz do dia não gera mais desconforto na maioria das mulheres brasileiras.
Um fato atual que chocou o país e chegou ao conhecimento de organizações mundiais como a ONU foi o estupro de uma adolescente de 16 anos que alegou ter sido estuprada por 30 a 33 homens o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos por cerca de 30 homens na cidade do Rio de Janeiro. Mas, infelizmente infelizmente, há dezenas de estupros acontecendo diariamente que não chegam até a mídia e que são completamente ignorados. E a grande contribuição para que os crimes de estupros tenham taxas tão grandes é a cultura formada na sociedade brasileira da superioridade do homem sob sobre a mulher.
Para que haja uma melhora no sistema de punição e o no de prevenção do estupro, é necessário um longo caminho de desconstrução de paradigmas, e isso pode ser combatido com a contribuição da população, e que preferivelmente fosse em sua grande parte masculina preferencialmente a masculina. O grande problema do estupro é que em sua maioria a culpa é posta na vítima, pela roupa que usava, pelo horário que andava, ou com quem andava, mas mas, na verdade, a culpa do estupro é integralmente do estuprador. Um grande fato que deve ser desmentido e conscientizado à população é esse, de que não importam as circunstâncias, se houve estupro, o estuprador deve ser julgado legalmente e punido.
A solução ou pelo menos a tentativa para a diminuição das taxas de estupro é a conscientização da população sobre a comunicação quando há pelo menos uma desconfiança de que está acontecendo um abuso sexual, às vítimas de que não deveriam ficar caladas e também um aumento de pena no sentido legislativo que decreta o tempo de reclusão, uma pena que faça efeito sobre a punição, mas que respeite os direitos humanos do mesmo.
Comentário geral
Texto fraco, em que há muita confusão, tanto em termos estruturais, quanto em termos de linguagem. Aparentemente, à medida que o texto evolui, o autor vai perdendo gradativamente a capacidade de manter o foco nos tópicos que está desenvolvendo, até chegar ao último parágrafo, que é uma apoteose de erros.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) Não é a banalização do estupro que está presente no cotidiano. O que o autor parece querer dizer é que os casos de assédio e estupro são tão frequentes no cotidiano que acabam se tornando banais. b) A maioria das mulheres brasileiras já não sente desconforto com o assédio e o estupro? Essa afirmação é equivocada e inconsistente. Com base em que o autor faz uma afirmação assim?
2) Terceiro parágrafo: a) o primeiro trecho em vermelho é confuso. O que pode ser combatido com a colaboração da população? De acordo com a lógica e a sintaxe, é a destruição de paradigmas, mas evidentemente não é isso o que o autor quer dizer. b) Um grande fato que deve ser desmentido e conscientizado é que, se houve estupro, o estuprador deve ser julgado e punido. Por que alguém haveria de desmentir a necessidade de julgamento e punição de estupradores? O autor não consegue manter o foco e acaba dizendo disparates. O que o autor quer que seja desmentido é o fato de se culparem as vítimas.
3) Quarto parágrafo: aqui, a confusão e os erros são tantos que seria necessário uma longa redação para comentá-los um a um. De qualquer forma, o parágrafo todo não tem foco nem sintaxe correta, além de fazer propostas que não fazem sentido como um aumento de pena no sentido legislativo. O que o autor quer dizer com isso? Que as leis devem aumentar a punição? Mas o non-sense chega ao auge no trecho uma pena que faça efeito sobre a punição. Ora, pena e punição são as mesmas coisas, de modo que uma não pode fazer efeito sobre a outra.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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