Após encontro com alunos, governo de SP mantém reorganização e abre diálogo
O secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, afirmou na tarde desta quinta (19) que haverá um novo "modelo" na comunicação da reorganização.
Todas as escolas da rede devem receber o material sobre a proposta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e, a partir daí, cada um poderá fazer "uma proposta à luz da reorganização pela qual passa aquela escola" e mandar para a diretoria de ensino.
"Estamos dando àquelas escolas que porventura queiram se manifestar porque julgam que não foram consultadas a possibilidade de fazê-lo", afirmou Voorwald. E se a escola considerar que não deseja a reorganização? O secretário respondeu: "Vamos esperar o resultado [da comunicação e da proposta que seriam feitas à diretoria de ensino]".
Representantes dos estudantes, da Defensoria Pública e do Governo de São Paulo participaram, na tarde desta quinta-feira (19), de uma audiência de conciliação.
Até 16h50, os alunos ainda estavam participando de audiência e nada foi deliberado.
Essa foi mais uma tentativa de acordo sobre o processo de reorganização escolar e a ocupação de escolas no Estado. Segundo a Secretaria da Educação, até a noite de ontem (18) mais de 48 unidades estavam ocupadas pelos estudantes.
Realizada no prédio do Tribunal de Justiça, o encontro foi marcado pela Justiça após uma série de ações movidas pelo governo pedindo a reintegração de posse dos prédios.
Os estudantes se mobilizam desde o fim de setembro, quando a Secretaria da Educação, anunciou a reorganização da rede, que resultará no fechamento de unidades e na transferência de alunos. Primeiro, pais, alunos e professores realizaram atos em vários pontos do Estado contra as mudanças, e desde o início da semana passada começaram a ocupar as escolas em protesto. O objetivo da reorganização, segundo a pasta, é aumentar o número de escolas com ciclo único – ensino fundamental 1, ensino fundamental 2 e ensino médio.
Das 48 escolas com ocupação confirmada pela secretaria, 12 serão fechadas, quatro não fazem parte da reorganização e as demais serão afetadas de alguma forma, com o fechamento de turmas e/ou o recebimento de alunos de outras unidades.
Nesta semana, o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, afirmou serem "inevitáveis" os pedidos de reintegração de posse das escolas ocupadas. "Não há outro caminho. Temos que garantir a integridade do patrimônio público", disse. Ele também defendeu a reorganização e disse que o processo foi democrático.
Ontem (18), o governador Geraldo Alckmin disse que não usará a Polícia Militar nas escolas ocupadas pelos estudantes.
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