História do Brasil - Cultura popular no Estado Novo
Cultura popular no Estado Novo
Objetivos
1) Caracterizar as funções do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).
2) Compreender formas criativas de reação popular à ditadura do Estado Novo.
Ponto de partida
- Ler o item Censura e Propaganda do texto Estado Novo no site Educação.
- Ler abaixo a letra da canção "O Bonde São Januário" que pode ser ouvida aqui .
O Bonde São Januário
(Wilson Batista e Ataulfo Alves)
Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde São Januário
Leva mais um operário:
Sou eu que vou trabalhar
Antigamente eu não tinha juízo
Mas resolvi garantir meu futuro
Vejam vocês:
Sou feliz, vivo muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém
É, digo bem
Justificativa
O Estado Novo varguista teve início em um momento peculiar da história brasileira, quando os meios de comunicação de massa, especialmente o rádio, o disco e o cinema consolidavam-se no país e constituíam-se em mercado de trabalho para muitos artistas pobres que viram neles uma possibilidade - precária, é verdade - de ascensão social. A produção cultural do período, especialmente aquela considerada como "cultura popular", é vista como reflexo das políticas públicas, deixando de levar em consideração as formas criativas encontradas pela população para lidar com o regime ditatorial.
Estratégias
1) A partir da percepção dos estímulos midiáticos que nos cercam (músicas, imagens, publicidade), discutir com os alunos o alcance dos modernos meios de comunicação de massa nos dias de hoje.
2) Criar, junto com os alunos, estratégias de repressão a esses estímulos. Ao longo da atividade, os alunos devem perceber a dificuldade em censurar os meios de comunicação de massa e a necessidade de um imenso e bem articulado corpo de censores para que o plano se efetive.
3) Ler a letra ou ouvir a canção "O Bonde São Januário" e analisar os princípios do DIP ou do Estado Novo presentes na canção.
4) Substituir o termo "operário" do verso "Leva mais um operário" por "sócio otário", versão original cortada pela censura do DIP.
5) Discutir com a classe a precariedade da situação dos músicos populares, especialmente dos sambistas negros cariocas, e as razões da sua opção pela versão do DIP.
6) Discutir as funções do DIP a partir das diretrizes legais que nortearam a sua criação e relativizar o alcance do nacionalismo estatal presente nos sambas produzidos ao longo do Estado Novo.
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