Corrompendo e sendo corrompidos
Em todos os lugares do mundo, a percepção de corrupção é menor quando as instituições funcionam direito. É inegável que a nossa classe política vem de uma sociedade que pratica trapaças diárias. É preciso uma nova consciência, uma nova cultura em com valores éticos profundos.
Atos corruptos existem em qualquer lugar, independente independentemente de seus governantes ou comunidade, todavia todavia, numa proporção inferior, pois há fiscalização dos órgãos responsáveis, sem possíveis “brechas” e punições adequadas para tais crimes.
Infelizmente pertencemos há a um país onde a esperteza é a é moeda valorizada. E os valores morais de um político são forjados na sociedade em que ele cresceu. Entretanto, não se pode afirmar que um motorista que excede o limite de velocidade, ou um pedestre que atravessou atravessa fora da faixa, apoiaria faixa apoiaria uma fraude no tesouro publico público. Quando a corrupção envolve patrimônio público, o interesse de toda uma nação, a gravidade é muito maior.
A cultura da moral e bons costumes devem deve nascer dentro de cada lar, escola, ambiente, mostrando assim, para crianças e adolescentes adolescentes, como conquistar aquilo que se deseja com esforço e mérito, respeito e solidariedade. Mesmo sendo um processo longo e continuo contínuo, para que sim busquem o seu lugar ao sol, mas não a qualquer custo.
Platão e Aristóteles já diziam que, quando um ocupante de cargo superior age de maneira imoral, as pessoas se autorizam a fazer o mesmo. Sendo assim, nossos lideres líderes devem ser o exemplo, erradicando seus pequenos e grandes atos corruptos, evitando a corrupção e incentivando o povo a se autorizarem a fazer a fazer o mesmo.
Comentário geral
Texto razoável, que deixa a desejar no âmbito da coerência e da coesão. Os parágrafos 2, 3 e 4 são um desenvolvimento das premissas do primeiro parágrafo, mas o autor não consegue estabelecer uma relação forte entre essas premissas de modo a chegar a conclusão. Também não consegue provar muitas das afirmações que faz, por não apresentar nada de concreto em favor de suas opiniões. Finalmente, em termos de conteúdo, falta reflexão e sobra perda de foco. Em termos de solução do problema, as ideias são contraditórias pois sugere uma ação na sociedade (educação) que surtiria efeito só a longo prazo e, ao mesmo tempo, quer que os políticos deixem de ser corruptos (já) para servir de exemplo à sociedade. Mas, por que os políticos corruptos fariam isso? Por que, sem mais nem menos, começariam a agir corretamente? Políticos honestos e exemplares só existiriam, de acordo com as premissas do próprio autor, quando a sociedade fosse honesta.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) instituições eficientes não afetam somente a percepção da corrupção, mas a própria corrupção. b) Todos os membros da sociedade brasileira, ou seja, toda a sociedade pratica trapaças diariamente? É uma afirmação que não se sustenta. Só existem trapaceiros no Brasil? Qualquer um pode ser corrupto e a própria sociedade pode se corromper, mas isso não significa a prática diária de trapaças. c) Não há nexo explícitos entre as três proposições do parágrafo.
2) Segundo parágrafo: onde há fiscalização a corrupção é menor. OK, mas a que essa constatação conduz? Que papel ela desempenha na sequência do raciocínio? A resposta não está explícita, mas ela seria: se houvesse fiscalização séria, a corrupção seria menos no Brasil. Como o autor não diz isso claramente, seu raciocínio fica truncado, incompleto.
3) Terceiro completo: aqui, o autor perde completamente o foco. Diz que uma sociedade corrupta gera políticos corruptos, mas que os pequenos trapaceiros da sociedade não apoiam a corrupção com o tesouro da nação. Se é assim, quem são os corruptos da sociedade que exercem má influência sobre os políticos? De resto, não vem ao caso se os pequenos trapaceiros apoiam ou não os grandes trapaceiros. O que o autor parece dizer aqui é o seguinte: há graus de corrupção maiores. Houve uma mudança de foco, que distorce o raciocínio: a) políticos são forjados pelos valores morais da sociedade; b) pequenos trapaceiros não apoiam desvios do erário; c) logo, lesar o erário é muito mais grave do que pequenas trapaças.
4) Quarto parágrafo: a) a enumeração: lar, escola e ambiente não faz sentido, pois um lar e uma escola também são ambientes b) A última frase tem sintaxe truncada e não faz sentido. O que é um processo longo e contínuo? O que buscar um lugar ao sol tem a ver com a corrupção? E com esse processo longo e contínuo? A única coisa que se extrai do parágrafo é que todo mundo tem direito a um lugar ao sol, mas não a qualquer preço.
5) Quinto parágrafo: se o problema vem da base social, ela precisa ser educada moralmente. Como a sociedade ainda não foi educada, ela só pode gerar políticos corruptos. Então por que motivo um político corrupto (gerado pela sociedade corrupta) abandonaria a corrupção? O que o motivaria a servir de exemplo de honestidade em meio à corrupção geral?
Competências avaliadas
Itens | Nota |
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Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. | 1,0 |
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. | 1,5 |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. | 1,5 |
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. | 1,5 |
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. | 0,5 |
Nota final | 6,0 |
Saiba como é feito a classificação das notas | ||||
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2,0 - Satisfatório | 1,5 - Bom | 1,0 - Regular | 0,5 - Fraco | 0,0 - Insatisfatório |
Redações corrigidas
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