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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Janeiro/2017 Somos todos corruptos?

Redação corrigida 550

Corrupção: raízes do Brasil

Inconsistente Erro Correção

A corrupção é tão antiga quanto ao emergir da a espécie humano humana, assim como pode ser comprovado no livro do autor Sérgio de Holanda, intitulado “Raízes do Brasil” no qual versa acerca da corrupção especificamente no século XX. Ou seja, desde o nascimento da sociedade sociedade, a corrupção já estava presente, porém pouco levada a conhecimento das pessoas, diferentemente de hoje em que a tecnologia facilitou a disseminação de informações. As manifestações nas ruas brasileiras é um são cenário bastante frequente desde o pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor em 1992 e em 2016 da ex-presidenta Dilma Rousseff. Por fim, Todos todos são corruptos?

No dia a dia dia, é possível ver diversos atos de corrupção, seja obtendo por apropriar-se ilegalmente um bem público, por fazer compras no supermercado e não devolver o troco quer seja por ocupar assentos, quando não deveria, nos troco, ou por ocupar indevidamente, assentos dos transportes coletivos destinados às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Então, todos são corruptos e o que muda de um caso para o outro é o quanto tal conduta imoral afetará à coletividade. Desviar milhões de reais dos cofres públicos com certeza causam públicos, com certeza, causa maiores impactos coletivos coletivos, quando comparados aos a alguns dos problemas anteriormente citados.

A maioria das pessoas aspira a um bom emprego, para ter uma boa qualidade de vida. Por conseguinte, é perceptível que muitos desses desejos, presentes existentes desde o nascimento da sociedade, se tornaram em sentimentos sentimentos como a avareza, o que pode ser maléfico não apenas para si, mas o indivíduo, mas também para a coletividade, principalmente quando isso advém de pessoas que que, em vez de administrar os recursos públicos a favor do bem comum faz comum, fazem o contrário: tira tiram o pão de quem não tem. Basta ver os casos de improbidade envolvendo desvios de milhares de reais, como no caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Portanto, a corrupção está enraizada na cultura brasileira, logo, brasileira. Logo, direta ou indiretamente indiretamente, todos colaboram colaboraram para essa triste realidade. O educador Paulo Freire afirmou que “Educação educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas”. Logo, cabe ao Ministério da Educação e demais órgãos, implementar órgãos da área implementar e tornar obrigatório obrigatória a discussão dessa problemática social nas escolas publicas públicas e privadas. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral deve ampliar e tornar mais rígidos os requisitos para candidatura de governantes, a fim de combater a corrupção na administração pública.

Comentário geral

 

Texto regular, que demonstra um certo domínio da linguagem escrita e da gramática, mas escorrega em termos de lógica, no que se refere ao conteúdo. Por equívocos conceituais ou linguísticos, frequentemente o autor perde o foco das afirmações que está fazendo, produzindo parágrafos que atentam contra a coesão e a coerência. O pior é que muitos dos equívocos ocorrem quando o autor se põe a falar de assuntos que ele simplesmente não domina, como é o caso da citação do livro do historiador Sérgio Buarque de Holanda ou da História geral e do Brasil. Tudo isso puxa a nota para baixo, embora, em seu conjunto, o texto não mereça uma reprovação.

 

Aspectos pontuais

 

1) Primeiro parágrafo: a) é certamente o pior do texto, porque o autor não sabe dizer do que está falando. Da história do Brasil ou da humanidade, da sociedade brasileira ou das diversas sociedades humanas? Claro, o historiador citado fala do Brasil, mas a expressão nascimento da sociedade é bastante ambígua. Até porque, quando o autor fala em progresso tecnológico, ele não pode estar se referindo somente ao Brasil. b) É uma completa inverdade o fato de que foi necessário um grande desenvolvimento tecnológico para haver denúncias de corrupção. Há discursos políticos clássicos da Grécia e de Roma antigas, caso o autor desconheça. Mas esse é o ponto: não fale do que você não conhece bem, principalmente no âmbito de disciplinas como a História e a literatura brasileira, em que a denúncia de desmandos por meio de poemas satíricos começou no século XVI. c) Outro exemplo de equívoco histórico: entre os impeachments de Collor e Dilma, o Brasil passou por quase 20 anos sem presenciar grandes manifestações populares. d) De resto, ainda cabe observar que a pergunta que encerra o parágrafo foi lançada de modo abrupto, depois da sucessão de erros históricos e historiográficos.

2) Segundo parágrafo: quem faz compra paga. Quem dá o troco é quem vende. Isso pode acontecer em outros tipos de estabelecimentos além de supermercados. O autor se excede e tropeça, por tentar detalhar demais um dos exemplos que menciona.

3) Terceiro parágrafo: a) não há problema no fato de as pessoas desejarem uma vida melhor e bem todos que desejam isso são avarentos. Nem todos que aspiram a uma vida melhor obtêm isso de modo desonesto ou criminoso. b) Muitos desejos? Como assim? O único desejo ou aspiração mencionado anteriormente foi o de uma vida melhor. c) Insistir em usar a expressão nascimento da sociedade não é apropriado. A origem das sociedades humanas é muito complexo. Ocorre na pré-história e não se sabe claramente como isso aconteceu. É importante lembrar que outros primatas, como chipanzés e diversos mamíferos, também têm uma vida social. Existem sociedades não humanas. d) Os casos... como no caso? O autor quer falar de vários casos, mas acaba só falando de um.

4) Quarto parágrafo: o texto se encerra com um espetáculo de erros conceituais. O Tribunal Superior Eleitoral não legisla. Quem legisla é o poder legislativo e não o judiciário. A administração pública não inclui apenas políticos eleitos. Há outros funcionários públicos, nomeados ou contratados, envolvidos nos casos de corrupção. Por fim, é muita ingenuidade acreditar que a corrupção vai ser resolvida por um ato do Ministério da Educação obrigando os estudantes a discutir o problema (pois é desse problema específico que se está falando).

 

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 100
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 150
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 100
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 100
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 100
Nota final 550

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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