REDAÇÕES CORRIGIDAS - Janeiro/2017 Somos todos corruptos?
O ladrão que não perde ocasião nem razão
De acordo com o texto da íntegra da Folha de São Paulo, a ladra aproveitou-se da ocasião. Em ambientes sem câmera e nem a presença de quaisquer fiscalizações, configura-se caminhos abertos com grandes oportunidades de corrupção, sistematizando-a ativamente e passivamente a reproduzir seus efeitos.
Recentemente (2016), a justiça brasileira aprovou uma Lei contra abuso de autoridade de policiais no contato direto com civis para que não cerceiem a liberdade de expressão, e só assim, preservará direitos humanos de defesa e acusação ante Lei. Há que ressaltar que corrupção não trata-se de estar ideologicamente doutrinado entre uma forma de pensar ou outra, mas sim quando assume-se à frente suas consequências e é exposta para a sociedade atitudes que por ocultação de informações, elas repetem-se exaustivamente – assim como foi deflagrado no compartilhamento de informações na rede social Facebook e a enorme repercussão pela descrença moral – título deste tema.
Por isso, pela falta de zelo de fiscalização e baixa audiência constante de regiões fora de centros urbanos, eclodem e surpreendem locais que extraem ilegalmente florestas brasileiras através do extrativismo ilegal de fauna e flora ou roubo de animais nativos (tema para o filme Rio 2) que levam a extinção de espécies.
Não zelar por fiscalizações através de um excelente manejo da liberdade de expressão por autoridades locais, contribui de maneira furtiva para a corrupção sistêmica na consciência da sociedade brasileira.
Comentário geral
Infelizmente, o texto é lamentável e demonstra total falta de domínio da comunicação por meio da escrita. Não há sintaxe, não há lógica, a escolha do vocabulário segue critérios subjetivos que não são os do idioma português, de modo que nada se salva do conjunto do texto, ainda que o leitor possa extrair dele uma única ideia: para acabar com a corrupção é preciso fiscalização. Mas isso é muito pouco. O que prevalece no texto é a inexistência de sentido, de sintaxe, de norma culta, de dissertação, além de erros gramaticais, de concordância, regência, ortografia, etc.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: não é uma introdução, pois o autor não se dá o trabalho de explicar ao leitor quem é a ladra de que fala. Com isso, ele não dá a seu texto autonomia. Quem não souber de antemão o tema não teria como entender exatamente quem é a ladra e como ela se aproveitou de qualquer ocasião. No fim do parágrafo, o autor apresenta sua tese (a falta de fiscalização faz o ladrão), mas também acrescenta coisas sem nenhum sentido acerca da sistematização ativa e passiva da corrupção. Quem tentasse dizer as mesmas coisas com outras palavras não conseguiria, pois não dá para entender o que disse o autor.
2) Segundo parágrafo: aqui há um exemplo de agramaticalidade: a escolha e a combinação de palavras não resulta em frases ou orações completas, que transmitam ideias ao leitor, que estabeleçam comunicação. Há ideias nesse trecho? Quais são elas? O agrupamento aleatório das palavras, por meio de regras subjetivas que não seguem os padrões da língua, é simplesmente indecifrável.
3) Terceiro parágrafo: aqui, mais uma vez, a agramaticalidade predomina, apresentando trechos completamente absurdos, como regiões de baixa audiência e locais que extraem florestas. O que tem audiência, no sentido lato, são meios de comunicação e não espaços geográficos. Um local não pode praticar nenhuma ação, além de situar-se num contexto geográfico. São as pessoas que podem extrair algo do local.
4) Quarto parágrafo: vale o mesmo que foi dito sobre os anteriores, mas o caráter absurdo das declarações se agravou ainda mais.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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