Eu, juiz

NOTA 1,0

Convivemos com a justiça cotidianamente, e ela se faz presente de acordo com a conduta de cada um. Desde a Antiguidade Clássica estuda e pensa-se Clássica, estuda-se e se pensa sobre a moral do ser humano, logo, o outro lado da moeda paira sobre nossa sociedade, a injustiça. O juiz mais renomado no tribunal dos nossos atos é a própria consciência.

Aristóteles, um dos três grandes filósofos Socráticos socráticos da Grécia Antiga, em seu livro, "Ética a Nicômaco", disse; disse: " O bom juiz é aquele que julga, honestamente, somente aquilo que conheces conhece ". Essa afirmação constrói uma crítica à a quem espalha falso conhecimento, dito isso, agindo de má fé com seus semelhantes que buscam sabedoria, sendo injusto com os mesmos, colocando, assim, sua moral em prova.

A sociedade nos dias de hoje é movida pelo poder econômico, e consequentemente, agrega-se o "status social". No entanto, os meios para atingir-se o ápice são, no mínimo mínimo , questionáveis. Essa análise é válida para todas as áreas da humanidade, já que, o ser humano, sempre sempre, quer o melhor para si, e isso não é errado de fato, o que leva torna esse ato a ato justo ou injusto são os meios para atingir esses objetivos.

Justiça é, portanto, um agente da moral individual, sendo assim, é menos doloroso sofrer uma injustiça, em detrimento de pratica-la do que praticá-la, dado que, somos condenados a à prisão perpétua de nossa consciência .

Comentário geral

 

Texto muito fraco, que não permite ao avaliador sequer imaginar de que modo o autor entendeu o tema, devido ao grande número de declarações que não fazem sentido. Não há comunicação no texto, já que as palavras são selecionadas e combinadas seguindo regras que não são as da gramática da língua portuguesa. Não se está falando em gramática normativa, mas àquela que é intrínseca a qualquer idioma, tornando-o patrimônio comum de uma nação ou de várias que falam uma mesma língua. Além de incompreensíveis, os parágrafos não se relacionam uns com os outros, nem obedecem a uma sequência lógica que indique uma linha de raciocínio. Basta trocar a ordem dos três primeiros parágrafos para ver o quanto eles estão isolados entre si; qualquer um deles poderia ser supostamente a introdução, ficando a cargo dos outros dois constituírem o desenvolvimento.

 

Aspectos pontuais

 

1) Primeiro parágrafo: a) O que o autor quer dizer com as suas primeiras frases? Que, diariamente, nos envolvemos em problemas judiciais? Que nos vemos sempre em situação de distinguir o justo do injusto? Se está ao nosso lado sempre, já que convivemos com ela, a justiça não se faz presente de acordo com a conduta. Ou ela está sempre presente ou não. As afirmações são contraditórias. b) A conjunção logo significa portanto. Ora, não é porque estudamos a justiça, nem porque a pensamos, que existam a justiça e a injustiça. Não há lógica nessa declaração. c) O mais renomado tribunal: como assim? Não se trata de uma questão de renome ou de fama. Talvez o autor quisesse dizer que o tribunal mais primordial que existe é a nossa consciência.

2) Segundo parágrafo: a) fazer citações é sempre correr um risco. Os alunos gostam de fazer citações para mostrar conhecimento, mas o tiro acaba muitas vezes saindo pela culatra. Não existem filósofos socráticos, mas pré-socráticos ou pós-socráticos, o que é o caso de Platão e Aristóteles. b) O raciocínio de Aristóteles não é esse. O filósofo disse: "Ora, cada qual julga bem as coisas que conhece, e dessas coisas é ele bom juiz. Assim, o homem que foi instruído a respeito de um assunto é bom juiz nesse assunto, e o homem que recebeu instrução sobre todas as coisas é bom juiz em geral" (Ética a Nicômaco, livro I, cap. 3, Editora Abril, São Paulo, 1991). Ele não está se referindo aos falsos mestres do conhecimento, como eram os sofistas, a quem Aristóteles refutou. Portanto, não existe aí a suposta crítica a falsos sábios.

3) Terceiro parágrafo: mais frases escritas segundo regras subjetivas do autor. Aparentemente, o autor quer falar algo sobre a influência da economia na moral de nossa sociedade, bem como dizer que almejar uma boa vida não é nem moral nem imoral, dependendo dos meios usados para obter nossos anseios. Mas isso é uma interpretação e esse é o problema: quando você não diz claramente algo, o leitor só pode fazer suposições sobre o significado.

4) Quarto parágrafo: a) o que significa dizer que justiça é um agente moral individual? Que todos os indivíduos são dotados de consciência e livre-arbítrio, podendo agir justa ou injustamente? b) O final é retórico, falar em prisão perpétua de nossa consciência é tentar camuflar a falta de ideias com metáforas supostamente impactantes.

 

Competências avaliadas

Itens Nota
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 0,5
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 0,5
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 0,0
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 0,0
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 0,0
Nota final 1,0
Saiba como é feito a classificação das notas
2,0 - Satisfatório 1,5 - Bom 1,0 - Regular 0,5 - Fraco 0,0 - Insatisfatório

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