REDAÇÕES CORRIGIDAS - Fevereiro/2017 É preferível praticar ou sofrer uma injustiça?
Maldade na Alma
Em um diálogo entre Sócrates e com Polo, Sócrates defende que é melhor sofrer injustiça do que praticá-la, Polo praticá-la. O interlocutor fica surpreso com a afirmação de Sócrates, pois sofrer uma injustiça não é nada fácil, mas o que foi levado em consideração são as consequências tanto de quem comete ou sofre injustiça.
De acordo com Sócrates Sócrates, sofrer uma injustiça é menos prejudicial, pois a vítima não praticou mal algum, diferente diferentemente de quem praticou a injustiça, pois prejudicou o próximo. Sócrates disse também que o mais feliz é aquele que não tem maldade na alma, mas quem alma. Só quem pagou por suas maldades pode ter uma vida feliz.
Infelizmente algumas pessoas não se preocupam em relação ao que o outro sente e então acusam, prejudicam, e querem se beneficiar diante do sofrimento dos outros, e continuam cometendo maldade até que alguma consequência ruim aconteça com eles elas ou até quando se arrependem e são punidos punidas.
Porém, nem todos que cometem injustiças sentem culpa, bem como quem sofre injustiça por vezes sente-se envergonhado, culpa. Por outro lado, quem sofre uma injustiça, às vezes, sente-se envergonhado e se culpa pois não conseguiu impedir de ser injustiçado, mas pelo menos por não ter conseguido evitá-la. No entanto, ele pelo menos não fica com o peso na consciência por prejudicar alguém. O fato é que que, levando em consideração a maldade, a vítima está livre dessa responsabilidade. Já quem comete injustiça, pode injustiça pode levar uma vida infeliz, mas nem sempre é assim que acontece, ou seja, tudo depende muito do indivíduo.
Contudo, diante dos olhos da para a sociedade, quem comete a injustiça não será visto com bons olhos, sofrerá de uma reputação negativa e pode virar vítima da própria maldade, enquanto a vítima continua com sua moral e é valorizada em seu meio social.
Comentário geral
Texto regular, em que o autor se esforça para interpretar a ideia de Sócrates sobre a injustiça, mas, aparentemente, não chega a partir disso a nenhuma conclusão. Diz que quem comete as injustiças pode sofrer ou não as consequências disso. De que consequências o autor está falando exatamente, ele não diz, fica subentendido que pode ser um peso na consciência, vergonha ou culpa. No entanto, isso não é obrigatório, pois depende muito do indivíduo. Além do mais, na conclusão, ele acrescenta que cometer injustiças é algo mal visto pela sociedade. São divagações que não chegam a formar uma dissertação, em que o autor apresente um ponto de vista e o defenda com argumentos.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: o trecho em vermelho tem sintaxe truncada e não explica direito o que aconteceu. Polo fica surpreso com a posição de Sócrates, mas o filósofo não fala nada acerca de consequências da injustiça. O que ele acha é que é cometer uma injustiça nos afasta do bem, da virtude e da felicidade. Ele não está preocupado com castigos, tanto que aceita ser injustamente castigado com a pena de morte.
2) Segundo parágrafo: mais uma vez o mal entendido: Sócrates não está discutindo a punição de injustiças, mas o bem-estar da consciência do homem justo. E não é só nem principalmente quem pagou pela injustiça cometida que pode ter uma vida feliz. Feliz, para Sócrates, é antes de mais nada o homem virtuoso, que não comete injustiças.
3) Terceiro parágrafo: a repetição outro/outros denota a dificuldade de lidar com os pronomes. Certo seria usar diante de seu sofrimento.
4) Quarto parágrafo: a repetição da palavra olhos é totalmente desnecessária, além de inadequada.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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