REDAÇÕES CORRIGIDAS - Agosto/2017 Brasileiros têm "péssima educação argumentativa", segundo cientista
A argumentação brasileira
A argumentação brasileira não é a melhor, a melhor. A falta de conhecimento, não saber a diferença de uma briga para uma discussão, não saber diferenciar opinião de argumentação, falácias, ideias com conclusões pouco embasadas, o parecer de ter apenas uma perspectiva, a recusa de tentar entender o outro, e a insistência em fazer o próprio ponto de vista ser o ideal e o correto “a ferro e fogo” tornam a argumentação brasileira fraca, considerada péssima por especialistas péssimas.
A má argumentação brasileira pode soar como mera discussão acadêmica ou intelectual, mas não é apenas isso, a argumentação é o embasar fatos ideias fatos e ideias, torna torná-los válidos e convincentes, tornar confiável e válidos válido o que se acredita, de forma que não se embarace com falhas no que se diz, utilização de clichês para valida validá-los, sabendo separar a opinião do que é argumentação.
A liberdade de expressão e o direto a à opinião são válidos, mas não podem ser usados como argumentos em uma discussão, a discussão. A palavra opinião significa crença ou conceito formado a partir do senso comum comum, sem nenhuma verificação, ou seja seja, a opinião não é algo embasado, é embasado. É claro que opiniões pessoais influenciam na criação de uma argumentação, mas isso não pode ser usado como forma de validar o que se fala, a argumentação deve ser algo lógico, com olhar ampliado, e convincente suficientemente, conhecer conceitos prévios, a história da argumentação é o ideal para que se tenha noção, conhecimento de como construir uma argumentação coerente e valida válida, técnicas, podem e devem ser ensinadas para aprimoramento da mesma.
Uma boa argumentação depende de diversos fatores, dados que validem o que se diz, um olhar ampliado amplo sobre o que se defende, o compreender as visões diferentes para fortalecer a própria argumentação, conhecer argumentação. Conhecer conceitos e técnicas, são técnicas são formas de desenvolver a argumentação, e a aprimora-la, saber aprimorá-la. Saber separar uma discussão de uma briga, saber as diferenças entre opinião e a e argumentação são essenciais, com é essencial. Com disciplinas e temáticas voltados voltadas para a mesma na educação pública nacional pode se amenizar momentaneamente o atual o problema, e a longo prazo aprimorar a argumentação.
Comentário geral
Texto fraco. Infelizmente, o autor até tem um ponto de vista sobre o tema, mas o expõe de maneira repetitiva e confusa, em períodos enormes, que denotam o desconhecimento do uso correto da pontuação. De resto, ele praticamente diz em todos os parágrafos a mesma coisa: discussão não é briga, opinião não é argumentação, é preciso embasar a conclusão com argumentos válidos. Chama-se isso de texto circular, pois ele não evolui, o discurso fica apenas girando em torno de um ponto, sem apresentar propriamente um ponto de partida e outro de chegada. Além desses problemas, ele não desenvolveu o texto em forma de carta.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: uma coisa é dizer que os brasileiros não sabem argumentar, não têm uma educação para argumentar, não têm uma cultura argumentativa. Outra coisa é dizer que a argumentação brasileira é ruim. Não existe uma argumentação brasileira, uma argumentação norte-americana, uma argumentação japonesa. O conceito de argumentação é o mesmo para todas as nações e isso vale também regras de uma boa argumentação. Falar em argumentação brasileira seria equivalente a falar em matemática italiana, matemática inglesa... Então, o autor já começa usando um conceito equivocado, conceito que é essencial ao tema da redação.
2) Segundo parágrafo: é impossível decifrar o que o autor quer dizer com a primeira frase do parágrafo. O que é uma mera discussão acadêmica ou intelectual? Por que uma argumentação acadêmica ou intelectual não seria uma boa argumentação? A partir daí, o autor retoma o que disse anteriormente sobre como deve ser uma argumentação, as mesmas coisas que repetirá nos parágrafos seguintes.
3) Terceiro parágrafo: termina com sintaxe truncada e equívocos conceituais, do tipo conceito prévio, e lugares-comuns, além da repetição das mesmas ideias.
4) Quarto parágrafo: repetitivo e banal. Quais seriam as disciplinas e temáticas necessárias para mudar o quadro? O autor deveria ser mais específico.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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