REDAÇÕES CORRIGIDAS - Janeiro/2018 A arte tem o direito de questionar tudo?
A arte deve ter liberdade
Atualmente, diversas obras e artistas contemporâneos são contestados acerca da credibilidade, até que ponto suas produções podem ser consideradas arte ou e onde estariam seus limites. O escritor André Suarès afirma, porém, que a arte é o lugar da liberdade perfeita. Desta Dessa forma, como definí-la defini-la?
A arte é metamórfica, eventualmente passa por renovações e caracteriza renovações, que caracterizam movimentos e gerações. Ela pode ser estética, como no parnasianismo e a "arte pela arte", mas também pode conter críticas relacionadas aos mais variados contextos sociais, como "Guernica", do Cubismo de Picasso, ou o Futurismo de Marinetti.
Ou seja, deve haver liberdade em sua criação, elaboração e exposição, como citado inicialmente. Sendo um agente simbólico, de protesto ou estético, a arte acresce valor nos diversos âmbitos, seja para o desenvolvimento de habilidades, em sua produção ou em sua apreciação e entendimento, para a construção de uma crítica e a abertura do debate. Limitá-la seria censurá-la.
Portanto, limitar a arte difere do ideal de liberdade perfeita, difere dos diversos movimentos artísticos existentes, da liberdade de expressão e de eventos como a Semana de Arte Moderna, de 1922, que objetivou a renovação da arte brasileira. Desta forma, para apreciação plena dos diversos movimentos e eventos artísticos, os museus e locais de exposições deveriam sinalizar salas e obras para ciência do público sobre o conteúdo exposto, além do incentivo à a uma análise mais aprofundada das obras em grupos virtuais específicos para a promoção do debate.
Comentário geral
O texto é bom, está relativamente bem escrito, mas tem alguns problemas que levam a reduzir sua nota. Em primeiro lugar, em termos de linguagem, algumas vezes, o autor não consegue expressar com precisão o que está tentando dizer. Em segundo lugar, sua argumentação, quase até a conclusão, é muito parcial, pois defende a liberdade da arte com base no que pensam os artistas, que, evidentemente, não poderiam deixar de defendê-la. Seria muito importante que o autor trouxesse outras opiniões sobre a questão: o que diz a crítica? O que dizem os filósofos que se dedicam à Estética (parte da Filosofia que se ocupa da reflexão sobre a arte)? E por que o público em geral não teria também direito à opinião? Apenas no fim do texto, o autor reconhece que os museus deveriam deixar claro ao público que o conteúdo de suas exposições pode ser ofensivo para algumas pessoas, evitando polêmicas que prejudicam a própria arte.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: não apresenta grandes problemas, mas o autor contrapõe os que questionam o que é arte contemporânea a uma única afirmação de um escritor e poeta, como se essa afirmação fosse um argumento definitivo sobre a arte, que calasse todos os outros. As coisas não são tão simples assim... O resultado é que a pergunta final fica solta. Faltaram mais elementos informativos ao parágrafo antes de se lançar a questão.
2) Segundo parágrafo: toda arte é estética. Generalizando e simplificando a questão, melhor seria falar em arte formalista, que tem preocupações exclusivamente com os elementos que a compõem, e uma arte engajada, que pretende intervir nos debates político-sociais. Portanto, o uso da palavra estética foi muito inadequado nesse contexto. Isso vale também para o próximo parágrafo.
3) Quarto parágrafo: a frase final é obscura, falta precisão a essa proposta de intervenção. Para ficar num único exemplo, esses grupos não seriam virtuais, seriam pessoas reais operando em ambientes virtuais.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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