REDAÇÕES CORRIGIDAS - Fevereiro/2018 Pena de morte: o Brasil deve adotá-la? Por quê?
A morte pode esperar
Tornou-se habitual, em manchetes de jornais, anúncios sobre violência ao redor do Brasil, A violência em todo o Brasil tornou-se frequente nos noticiários, abrangendo desde “arrastões” até a homicídios sangrentos. A pena de morte surge surge, então, como um uma possível alternativa em um momento de angústia e impotência, contudo não é a melhor solução para reduzir a criminalidade.
A repreensão repressão ao crime funcionaria sob caso seguisse dois caminhos paralelos e necessários: o desestímulo ao crime pela punição e a prevenção por meio de educação e civilidade; quando o último falha, entra em prática o primeiro e assim, em tese, a criminalidade deveria ser controlada.
As instituições públicas, entretanto, não conseguem suprir nem um e nem outro modelo de repreensão combate ao crime, com instituições carcerárias falidas, escolas abandonadas à própria sorte e leis brandas. Essa situação acaba se traduzindo em uma tragédia anunciada a qual anunciada, que se propaga no país.
Certamente, a pena de morte não traria solução a esses problemas institucionais; muito do que já existe em relação à violência continuaria a se repetir sem uma estrutura que lhe desse apoio. Além disso, a pena de morte é uma opção drástica diante de outras opções que devem ser experimentadas.
Mudanças na legislação criminal são um caminho alternativo. A substituição do regime de progressão de pena por cumprimento integral da condenação, o banimento de indultos festivos e visitas íntimas íntimas, bem como a implementação de penas mais longas para crimes hediondos são caminhos mais brandos e ainda não testados que, aliados a um maior investimento preventivo na educação e punitivo no sistema de segurança, podem oferecer uma solução a médio prazo.
Os problemas de segurança são muitos, assim como suas soluções. É necessário recorrer a todas as opções seguras e sensatas para abrandar as labaredas de crimes que hoje há. A morte certamente é paciente.
Comentário geral
Texto bom, com problemas em termos de linguagem e estrutura. No nível da linguagem, em primeiro lugar, deve-se ressaltar o uso incorreto do substantivo repreensão, que, além de não significar o que o autor pensa, é uma palavra-chave da reflexão que o autor propõe, o que aumenta muito a gravidade de seu uso incorreto. Isso para não falar do que será abordado pontualmente. Em termos estruturais, falta ao texto coesão e organização, pois foi redigido por meio de idas e voltas entre as ideias, falhando no que se refere à progressão lógica que uma dissertação deveria ter. Apesar desses problemas, no entanto, o autor consegue comunicar claramente suas ideias e defender o seu ponto de vista com argumentos.
Aspectos pontuais
1) Segundo parágrafo: existe certa ambiguidade nesses dois vocábulos, educação e civilidade. Por educação, supõe-se que o autor se refira à escolaridade. Já civilidade significa boa educação, no sentido de boas maneiras, de agir de modo a conviver harmonicamente com outros cidadãos. Qual seria o método para dar civilidade aos criminosos, quando mal se consegue dá-la aos motoristas brasileiros?
2) Quarto parágrafo: a) os problemas a que o autor se refere não estão ligados às instituições e, portanto, não são institucionais. Outra escolha vocabular inadequada, num tópico diretamente relacionado ao raciocínio do autor. B) Estrutura é uma palavra que têm vários significados. O que o autor quer dizer exatamente com ela torna-se ambíguo.
3) Quinto parágrafo: as frases finais são lamentáveis. Nada justifica o uso de linguagem figurada. E o que, objetivamente, significa a metáfora labaredas de crimes. De resto, a conclusão está fora de contexto, nessa questão da pena de morte. O autor tentou fazer um desfecho retórico-literário totalmente inadequado.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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