REDAÇÕES CORRIGIDAS - Julho/2019 A ciência na era da pós-verdade
A pós-verdade face aos dogmas da Ciência
Em contraponto às conquistas do Renascimento Científico, do científico do século XVI, surgem debates em relação ao movimento que se denomina "Pós-verdade". Trata-se da valorização de crenças pessoais em detrimento de algumas afirmações dadas pela Ciência. Nesse contexto, deve-se afirmar que as conquistas histórias históricas dos cientistas não devem ser objeto de questionamentos impertinentes.
A Ciência trouxe inegáveis melhorias para a sociedade por meio de estudos, testes e comprovações. Nesse contexto, por exemplo, no que ficou conhecido como Revolta da Vacina, Oswaldo Cruz desenvolveu uma injeção que ajudou a salvar milhares de vidas. Quantidade essa que seria bem maior se não fosse a resistência da ignorante população. Diante disso, não se pode negar que afrontas irracionais às comprovações científicas prejudicam o progresso das condições de vida da humanidade.
Outrossim, deve-se saber que argumentos pertinentes, para a Ciência, são aqueles que possuem grandes chances de desmentir ou modificar o já afirmado por ela. Por isso, afirmar que a terra é plena plana, sendo que gênios como Pitágoras e Aristóteles, bem como instituições hodiernas de grande prestígio, como o National Aeronautics and Space Administration (NASA), afirmaram e afirmam a esfericidade do planeta é um exemplo do que não se deve fazer sem um argumento plausível. Isso porque a Ciência não taxa algo de dogma sem a comprovação da sua certeza e indiscutibilidade.
Portanto, os questionamentos às afirmações científicas devem ser analisados com criticidade, uma vez que a certeza é uma das bases da Ciência. No entanto, isso precisa ser encarado como estímulo para aperfeiçoamento das teorias existentes e descoberta das descobertas de novas fórmulas para a contribuir com o bem-estar social. Com isso, serão garantidos tanto a liberdade de expressão quanto o desenvolvimento científico, que são protegidos pela Carta Magna.
Comentário geral
Os vários problemas de linguagem, bem como os equívocos conceituais e o caráter contraditório da conclusão puxam para baixo a nota desse texto.
Competências
- 1) A dificuldade de se expressar com clareza é o maior problema desta redação, como se vê pelo primeiro parágrafo, em que o autor começa por falar que um debate entre a Ciência e um suposto "movimento pós-verdade", que não se autodenomina assim. Os problemas de expressão, assinalados em vermelho, chegam a comprometer o conteúdo da redação.
- 2) Conquanto se perceba que o autor teve algum entendimento do tema, o texto deixa a desejar em desenvolvimento, por não fundamentar com propriedade as opiniões do autor, cuja tese é pertinente e interessante, a de que há questionamentos úteis e inúteis ou prejudiciais (como o da esfericidade da Terra ou da vacinação).
- 3) Há bastante confusão conceitual. A ciência não estabelece (nem "taxa") dogmas, o autor usa equivocadamente esse termo. Igualmente, a "Carta Magna" não pode ser garantia da veracidade do conhecimento científico, que se estabelece num âmbito que não é o âmbito político e social. Que "fórmulas" contribuem com o bem-estar social? Não se trata de fato das fórmulas, mas da aplicação dos conceitos científicos.
- 4) Com todas as suas limitações, o autor soube seguir a estrutura de um texto dissertativo.
- 5) Contraditoriamente ao que havia dito antes, o questionamento da ciência com base em pós-verdades é apontado na conclusão como útil à ciência, quando antes o autor já havia apresentado esse questionamento como prejudicial.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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