REDAÇÕES CORRIGIDAS - Junho/2018 O Brasil paralisado: o que você pensa sobre a greve dos caminhoneiros?
A recente paralisação dos caminhoneiros
A recente paralisação dos caminhoneiros mostrou as fragilidades que o Brasil ainda tem quanto à garantia de direitos sociais. Muito graças ao descaso do governo, bem como aos seus descuidos econômicos, a greve da classe que faz a economia funcionar acendeu uma luz também sobre a adequação do país à posição de potência global e deixou clara a insatisfação latente da população quanto a à situação vigente da sociedade. Nesse sentido Por isso, convém analisar alguns aspectos desse movimento.
É evidente que o estado foi peça fundamental para a eclosão da greve dos caminhoneiros. Visto caminhoneiros, uma vez que a instituição governamental foi forçada a retirar seus subsídios de algumas áreas da máquina pública, após anos de práticas econômicas danosas – como a expansão irracional de crédito – que culminaram com a crise financeira. O setor de combustíveis, afetado por essa retração, serviu como pretexto para a insurreição da classe dos caminhoneiros. A população, por sua vez, apesar de afetada negativamente, manteve, em grande parte, apoio ao movimento, evidenciando a verdadeira profundidade do desagrado da insatisfação social para com o estado atual da nação.
Paralelo Paralelamente a isso, a crise de desabastecimento decorrente da paralisação trouxe à tona a discussão sobre a dependência da economia nacional no sistema de transporte rodoviário, cuja escala de utilização tem raízes históricas, vindas do governo de JK, nos anos cinquenta 1950. A sujeição a esse meio de funcionamento logístico não é compatível com um país das proporções do Brasil e Brasil que almeja atingir níveis de desenvolvimento cada vez maiores. Dado que o trasporte transporte rodoviário é ineficiente se comparado ao ferroviário ou hidroviário, padrões em países de primeiro mundo. O Brasil possui hoje uma malha ferroviária de trinta mil quilômetros, tão grande quanto a igual em tamanho à que os Estados Unidos tinham já tinham em 1860.
Logo, fica claro que a greve que parou o país foi um sintoma de uma sociedade cansada e desgastada pelas condições atuais, também relacionadas a questões históricas. É necessário, portanto, que o Estado invista na ampliação e modernização dos sistemas de transporte de mercadorias alternativos ao rodoviário, para assim garantir o acesso a produtos, bem como o barateamento dos mesmos. É importante que sejam revisadas as diretrizes econômicas tomadas pelo país. Políticas de austeridade e fiscalização por parte de órgãos como o TCU são essenciais para se garantir o bom funcionamento dos serviços públicos e a manutenção dos direitos civis, consequentemente, da qualidade de vida da população.
Comentário geral
Texto bom, ainda que uma grande quantidade de expressões empoladas e ambíguas prejudique a clareza e a objetividade do texto. Em termos de conteúdo, há alguns equívocos que prejudicam a argumentação, o que diminui a nota das competências 2, 3 e 4. Finalmente, o texto apresenta problemas na conclusão, conforme se verá a seguir.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) a primeira expressão em vermelho soa genérica e imprecisa. “Fragilidade do Brasil quanto aos seus direitos sociais?” Como assim? b) Não é uma questão de falta de cuidado ou “descuido”, o problema econômico do país é algo muito mais complexo. c) Até o momento o país nunca foi uma potência global. Mesmo como potência regional, o Brasil ainda não chegou lá. E isso não tem nada que ver com a greve dos caminhoneiros.
2) Segundo parágrafo: a) “instituição governamental”? O autor está simplesmente se referindo ao governo. b) Quanto aos “subsídios para a máquina pública”, o autor parece querer usar palavras grandiloquentes, sem ter ideia certa sobre o que elas significam. c) Absolutamente, não foi um “pretexto”. Foi o motivo, a causa, a razão, o porquê. O uso inadequado do vocabulário prejudica esse parágrafo e o anterior.
3) Terceiro parágrafo: a) o estilo “Rolando Lero” volta a atacar! “Meio de funcionamento logístico” é simplesmente meio de transporte. b) A outra frase em vermelho está solta sob o ponto de vista da sintaxe e é semanticamente obscura.
4) Quarto parágrafo: o final é pura retórica grandiloquente, vazia de substância e equivocada conceitualmente. O autor desconhece o que faz o TCU que atua somente na federação, não nos estados nem nos municípios, além de não ter nada que ver com qualidade de vida. Mais “Rolando Lero”.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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