REDAÇÕES CORRIGIDAS - Dezembro/2017 As redes sociais ajudam ou dificultam as relações entre as pessoas?
Acima do bem e do mal
As redes sociais são frequentemente apontadas como causadoras de diversos problemas. Vício, discussões e ódio gratuito são alguns dos muitos deles. Elas podem ou aproximar pessoas, como aconteceu com Fabiany Santos e seu atual marido, ou separá-las, como constatou a pesquisa de Russell Clayton com relação a casais. Todavia, a internet e suas ferramentas foram criadas para servir as pessoas e a experiência que se obtém com as mesmas depende da forma de uso veiculada.
Antes de mais nada, é necessário ter-se em mente que relacionamentos humanos já são complicados. Com a internet, então, muitos não sabem como proceder. Isso abre uma brecha para namorados e namoradas abusivas controlarem o perfil de seus parceiros, o que pode ter levado a pesquisa de Russel, estudante do Missouri, a colher resultados negativos. Além disso, a internet costuma ser uma terra sem lei quando se trata de opiniões pessoais, o que pode levar a discussões ideológicas um tanto quanto enérgicas agressivas. Em tal meio, muitos usuários transformam-se em verdadeiros sofistas, buscando apenas convencer o “oponente” da validade da sua opinião.
Por fim, existe um outro problema, este sem dúvida mais grave. É o vício por tais mídias, geralmente fruto da falta de discernimento e do sistema recompensatório de recompensas que o Facebook e as demais redes sociais adotam. Muitas vezes, internautas passam o dia todo conferindo as atualizações, quantos “likes” e comentários receberam, sem perceber que estão se afastando de valiosos relacionamentos reais. Assim, perde-se a oportunidade de usar as redes de forma benéfica, como fez a Fabiany ao envolver-se e casar-se com um publicitário que conheceu no Facebook, e coloca-se em risco o envolvimento com pessoas já próximas.
Portanto, para evitar os problemas citados e usar as redes sociais para seus melhores fins, faz-se necessário informar-se acerca do assunto. Cada um deve procurar saber sobre os sintomas do vício e lutar contra ele, e em ele e, em adição, deve consultar sites e blogs que falem de relacionamentos virtuais. Acima de tudo, deve-se prezar por prezar relacionamentos reais e tolerar opiniões contrárias, além de evitar compartilhar sua senha com o parceiro e sempre colocar as redes de lado quando estiver ao lado de alguém querido.
Comentário geral
Texto bom. A análise que o autor faz do tema pode não ser muito aprofundada, mas é coerente e segue o desenvolvimento lógico que uma dissertação precisa ter. A linguagem é razoável, mas o autor é prolixo e se estende muito para explicar ideias simples, bem como tem medo de fazer declarações mais assertivas, buscando meios eufemísticos de se expressar, como ocorre no trecho em vermelho do terceiro parágrafo. O conjunto, ainda que não seja brilhante, justifica uma posição acima da média.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) é preciso explicitar que os exemplos apresentados (o casamento e a pesquisa) foram retirados da coletânea que compõem a proposta de redação. b) A prolixidade atrapalha: o parágrafo se encerra com uma expressão inadequada, forma de uso veiculada, que quer dizer simplesmente modo de usar.
2) Terceiro parágrafo: a) tratar o personagem pelo primeiro nome pressupõe uma intimidade que não existe. De resto, explica-se quem é a pessoa citada na primeira vez que ela é citada e não muito depois. b) Já criticado no Comentário geral.
3) Quarto parágrafo: mais uma vez, a referência à personagem citada pressupõe uma intimidade inexistente.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
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