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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Julho/2018 Por que os jovens querem deixar o Brasil?

Redação corrigida 250

Adeus crise econômica e má educação

Inconsistente Erro Correção

Talvez seja difícil dizer concretamente o motivo pelo qual jovens desejam partir da amada pátria, mas podemos levantar possíveis hipóteses, históricas e atuais.

Apesar de muitos acreditarem que o Brasil é um país tropical, lembrado por carnaval e futebol, outros acreditam que esta essa beleza não é mais existente desde a colonização dos portugueses em 1500, em que o Brasil foi explorado por suas riquezas e recebeu milhares de imigrantes.

Atualmente, observa-se que a população se encontra sem esperanças de obter uma boa vida no país, pois se encontram em dificuldades financeiras, sem amparo médico ou qualquer meio de boa vivência. Situação que pode ser explicada pela crise econômica no Brasil, que surgiu em meados de 2014 e que se alastrou até mesmo no o ano atual, isso atual. Isso torna a vontade de imigra-se emigrar ainda maior, na esperança de melhoria de vida, através de melhores recursos financeiros.

Outro fator que é relevante, é relevante é a preocupação dos jovens em obter uma melhor qualidade ao que se remete aos nos estudos, principalmente o no ensino superior. A tão sonhada faculdade, almejada por muitos, porém alcançada por poucos, é vista melhor sendo realizada em outros países, pois na realidade dos jovens brasileiros a faculdade aqui não se encontra tão próxima de ser alcançada, mesmo com todos os programas implantados pelo Governo. Pois seu Seu número limitado de vagas faz com que a concorrência aumente e poucos jovens consigam ingressar no ensino superior.

Sendo assim, faz se necessário necessária a transformação do Brasil para que estes esses jovens consigam ver a beleza e a riqueza deste país, para que não deixem sua pátria e o ufanismo pelo nosso país no passado. Pois segundo Thomé: “Na Europa o futebol é entretenimento entre classes, no Brasil é o analgésico do povo”, não povo”. Não devemos deixar que falas ideias como essa se tornem verdade e façam os jovens acreditarem que o futebol é a única atração e remédio para dor.

É necessário um bom controle financeiro do Governo para que não enfrentemos mais a crise e haja melhoria na educação desde o ensino fundamental até o ensino médio, pois ter um bom aprendizado e uma boa formação faz a diferença, principalmente nas escolas públicas onde o ensino é considerado inferior. Assim, os jovens passam a ver o lado bom de seu país, para que deixem de ver o Brasil como um país ruim e tenham orgulho de viver aqui.

Comentário geral

Texto fraco, desnecessariamente prolixo. Não tem uma estrutura dissertativa. Antes é um agrupamento de digressões que o autor faz sobre o tema. Nelas nota-se alguma compreensão do tema e ideias adequadas e coerentes, mas a falta de domínio da linguagem escrita, infelizmente, cria um todo desconexo e confuso. A impressão que fica ao leitor é que o autor foi escrevendo um texto sem planejamento nenhum, despejando no papel as ideias que lhe vinham à cabeça.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: na linguagem formal, não cabem lugares-comuns subjetivos, que nada acrescentam às informações objetivas que o autor tem de apresentar. Ou seja, por que não falar simplesmente Brasil? Por que usar a expressão “amada pátria”, completamente fora de contexto?

2) Segundo parágrafo: a) O Brasil é, de fato, um país tropical. É cortado pelo Trópico de Capricórnio. Isso é um fato geográfico, não um julgamento de valor. b) Se por “essa beleza” o autor se refere ao que disse antes (trópico, carnaval e futebol) é evidente que ela não acabou. c) Os navegadores portugueses não eram imigrantes e o carnaval e o futebol nem existia quando eles chegaram ao Brasil. Isso parece surrealismo do autor.

3) Terceiro parágrafo: a) o sujeito é “população”, substantivo singular, e os verbos devem ficar no singular. De preferência, sem repetir o mesmo verbo (encontrar). b) Certo seria falar em “boa vida”, não “boa vivência”. As duas palavras estão no mesmo campo semântico mas não são sinônimas.

4) Quarto parágrafo: a) mais lugares-comuns subjetivos inadequados a uma dissertação: “a tão sonhada faculdade, almejada por muitos”. b) Não tem fundamento dizer que é mais fácil entrar numa faculdade em países como os da Europa ou os Estados Unidos. Para um brasileiro entrar na Sorbonne, em Oxford ou em Harvard não basta ir residir na França, na Inglaterra ou nos Estados Unidos.

5) Quinto parágrafo: a) a frase em vermelho é ambígua, pela sintaxe, e incorreta quanto ao vocabulário. Por “ufanismo”, o autor quer dizer “orgulho”, mas o ufanismo é um orgulho exagerado e caricato. Não é o que se espera que os jovens sintam pelo país. b) Quem é Thomé? Quando se cita alguém, é necessário dar alguma indicação de quem se está citando.

6) Sexto parágrafo: além de muito mal escrito, o trecho perde o foco, deixa de lado a emigração, para falar em patriotismo ou nacionalismo.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 50
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 100
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 0
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 50
Nota final 250

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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