REDAÇÕES CORRIGIDAS - Outubro/2019 Agrotóxicos ou defensivos agrícolas: dois nomes e uma polêmica
Agrotóxicos: Sinônimo de contaminação e indiferença política
A forma como determinados métodos ou produtos são denominados decorre, muitas vezes, dos efeitos que eles causam.
Pode-se citar, por exemplo, o emprego de pesticidas em plantações, cujos reconhecidos efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana, reforçam humana reforçam os motivos para que os mesmos não sejam vistos como defensores defensivos agrícolas, mas sim como agrotóxicos.
Com efeito, o fomento ao plantio orgânico e a políticas ambientais mais responsáveis são as medidas que se fazem mais pertinentes.
Nesse contexto, os agrotóxicos se tornaram parte integrante da produção agrícola, sendo justificado, tanto por seus fabricantes quanto por grandes produtores rurais, de que seu uso é imprescindível para a agricultura em larga escala, assim como seu uso não representa riscos significativos. No entanto, a realização de pesquisas científicas, como a realizada por Rachel Carson em 1962, constatam que seu uso agride o meio ambiente e que está relacionado a diversos fatores que desencadeiam o desequilíbrio ambiental, como a contaminação dos solos e lençóis freáticos, a sedimentação de rios bem como a contaminação dos próprios alimentos, o que atinge de forma direta a saúde dos seres humanos.
Além disso, observa-se uma carência de políticas públicas que dêem deem a devida importância ao assunto, no sentido de fomentar uma maior fiscalização, bem como investir em medidas que incentivem a diminuição do uso de agrotóxicos nas produções agrícolas na produção agrícola. Ao invés Em vez disso, nota-se um expressivo aumento de seu uso nas plantações a cada ano, situação que pode ser agravada em virtude do alto número de agrotóxicos liberados, recentemente, pelo governo federal brasileiro.
Urge, portanto, a valorização de alternativas mais saudáveis na agricultura por meio de políticas ambientais mais conscientes. Dessa forma, verifica-se a necessidade de potencializar a agricultura orgânica familiar, com o aumento de subsídios para o seu desenvolvimento, assim como o fortalecimento de instrumentos legislativos que imponham limites mais rigorosos quanto a utilização de componentes químicos em lavouras. Assim, tais ações visam não apenas mitigar o uso de pesticidas na agricultura, como também amadurecer uma conscientização na sociedade, de que, a exemplo da sua mais adequada denominação, seu uso traz resultados mais tóxicos do que benéficos.
Comentário geral
Texto insuficiente na estrutura dissertativa e na argumentação. Paradoxalmente, apresenta uma conclusão consistente, apesar das várias divagações que a antecedem.
Competências
- 1) O texto até que é razoável em termos de linguagem, apesar da paragrafação esdrúxula e equivocada. Por exemplo, os dois primeiros parágrafos deveriam ser, na verdade, apenas um.
- 2) O desenvolvimento é confuso e desordenado, com destaque para o terceiro parágrafo que antecipa, deslocadamente, a conclusão.
- 3) A argumentação é insuficiente, tanto para provar que os produtos químicos são tóxicos, como para defender a necessidade de uma agricultura orgânica. Na verdade, o autor se baseia exclusivamente na citação do livro de Rachel Carson para fundamentar o caráter tóxico desses insumos agrícolas.
- 4) Quanto ao mau uso dos recursos coesivos, destque-se o "Nesse contexto" que abre o quarto parágrafo. De que contexto, o autor está falando? De um contexto em que a agricultura orgânica seja pertinente? O autor usa a expressão aleatoriamente.
- 5) Juntamente com a linguagem, a conclusão é razoável. Na verdade, os três últimos parágrafos são o que salva a redação de uma nota mais baixa.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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