REDAÇÕES CORRIGIDAS - Setembro/2019 Preservação da Amazônia: Desafio brasileiro ou internacional?
Amazônia: Preservar sem internacionalizar
No ano de 2019, a Administração da Aeronaútica Aeronáutica e Espaço (NASA), dos Estados Unidos, coletou dados que atestam o aumento exponencial das queimadas na Amazônia. Isso foi o suficiente para fortalecer o debate quanto a sua internacionalização que, sem dúvida, revela-se como um atentado à soberania brasileira.
O Brasil, apesar de ser um país pobre, é detentor da maior parte da floresta amazônica, região onde há um forte potencial energético, seja por causa dos rios, madeira ou minérios. Por esse motivo, nações desenvolvidas têm grande interesse em internacionalizá-la, não porque preservá-la garantiria o equilíbrio ambiental do planeta, mas puramente por razões econômicas.
Além disso, elevar a Amazônia a um status internacional não asseguraria a sua efetiva preservação. Ora, pactos internacionais de proteção ao meio ambiente são constantemente desrespeitados, a exemplo dos Estados Unidos que não assinaram o Protocolo de Kyoto, continuaram a emitir grandes quantidades de CO2 e sequer sofreram retaliações por isso. Diante dessa situação, qual seria a garantia que a maior floresta tropical do mundo estaria salva?
Nesse sentido, há algumas alternativas para que ela seja preservada e, ao mesmo tempo, não seja violada a soberania do Estado brasileiro. De início, a forma mais eficiente é a imposição de embargos econômicos aos produtos de origem brasileira, quando houver a comprovação de degradação ambiental. A outra forma é a fiscalização interna, a partir do investimento no IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para poder inspecionar as áreas de reserva legal. Tais medidas, certamente, contribuiriam eficazmente à preservação da Amazônia sem a necessidade de internacionalizá-la.
Comentário geral
Texto bom, mas um pouco confuso em termos de organização, além de apresentar uma contradição.
Competências
- 1) Texto bom, em termos de linguagem, mas sem elementos que o façam excelente.
- 2) O autor compreendeu o tema, mas o desenvolveu de modo confuso. Na introdução, dá a entender que vai questionar a internacionalização por ser "um atentado à soberania brasileira". No entanto, nos dois parágrafos seguintes, o autor deixa isso de lado e questiona a internacionalização por ter motivos "puramente" econômicos e não se mostrar uma solução efetiva. Portanto, essa é a tese do autor e é o que deveria encerrar o primeiro parágrafo em vez da soberania.
- 3) A argumentação é boa, mas há uma contradição em dizer que o Brasil é um país pobre, mas a Amazônia é rica em recursos energéticos. Não é verdade que o Brasil seja um país pobre, ao menos em termos de recursos naturais. O país não consegue é explorar todo o potencial de seu território. A questão da pobreza na sociedade brasileira não cabe na linha de argumentação do autor.
- 4) O autor soube usar os recursos coesivos necessários à construção de uma argumentação.
- 5) A conclusão apresenta medidas que, apenas em tese, podem ajudar a preservar a floresta. Curioso é que o autor, contrário à internacionalização, apresente primeiro uma solução com base na comunidade internacional, o que, aparentemente, é contraditório. De resto, em termos de vida real, como fiscalizar um território desse tamanho, na dependência de um único órgão governamental?
Competências avaliadas
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Redações corrigidas
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