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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Junho/2018 O Brasil paralisado: o que você pensa sobre a greve dos caminhoneiros?

Redação corrigida 300

Ao se pensar a respeito da greve dos caminhoneiros

Inconsistente Erro Correção

Ao se pensar a respeito da greve dos caminhoneiros caminhoneiros, é possível afirmar que ela é legítima legítima, sendo um importante instrumento popular para a luta por conquistas sociais e econômicas.

O primeiro fator a ser analisado é que que, sem manifestações e paralizações paralizações, o governo não cederia a nenhuma reivindicação reivindicação. Entende-se com isso que que, sem pressão pressão, não haveria nenhuma forma de pressionar pela queda do preço do óleo diesel, do frete, etc.

O segundo fator a ser considerado é que a paralização paralisação, por quase uma semana, afetou toda a cadeia produtiva; como exemplo, postos ficaram sem combustível, mercados sem produtos e assim por diante.

Assim, a necessidade de lutar por conquistas como a redução do valor do óleo diesel só foi possível com o governo se sentindo pressionado pela paralização paralisação, mesmo que isso tenha trazido efeitos colaterais sentidos pela população, como o desabastecimento sentido por todos.

Comentário geral

Texto fraco. É, na verdade, o esboço de uma dissertação argumentativa. O autor não completa os argumentos que apresenta e nem os relaciona para extrair a conclusão. Isso se nota particularmente no terceiro parágrafo, em que ele menciona o desabastecimento, mas considera implícito que essa foi a grande forma de pressão com que os caminhoneiros contaram para por em cheque o governo. Não está implícito, para o leitor deduzir. Ao contrário, é o autor quem deve explicitar. Como problema de âmbito geral, é necessário ainda apontar que o argumento do autor é um só: o governo não funciona sem pressão e a população, a exemplo dos caminhoneiros, deve pressioná-lo. É muito pouco para formar uma argumentação consistente.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: o autor afirma que a greve dos caminhoneiros é legítima, como justificativa, contudo, não fala dessa greve específica, mas das greves em geral, de modo que o raciocínio fica truncado. Ele deveria inverter e desenvolver o raciocínio assim: a) As greves são um instrumento legítimo de reinvindicação do povo nos regimes democráticos. b) A greve dos caminhoneiros se encaixa nesses pré-requisitos. c) Logo, ela é legítima.

2) Segundo parágrafo: dizer que, sem pressão, não haveria forma de... pressionar é uma tautologia.

3) Terceiro parágrafo: é o pior da redação. O autor não mostra que o desabastecimento elevou a pressão dos caminhoneiros ao máximo. Simplesmente relata que houve desabastecimento, deixando o raciocínio incompleto.

4) Quarto parágrafo: a) o autor fala que a necessidade de lutar só se torna possível com o governo pressionado, mas quer dizer, na verdade, que só se conseguem conquistas pressionando o governo. b) Notar a redundância dos termos assinalados a seguir em vermelho.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 50
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 100
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 100
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 50
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 0
Nota final 300

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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