REDAÇÕES CORRIGIDAS - Outubro/2016 Artes e educação física: opcionais ou obrigatórias?
As culpadas são a arte e a educação física
O modelo de ensino precário e desestruturado do Brasil fez com que, o que o atual governo, governo propusesse mudanças no método de avaliação após baixos índices no ensino educacional. Inicialmente essas mudanças, que foram implementadas através de medida provisória, retiravam, da grade curricular escolar, as disciplinas de artes e de educação física. Assim, seria Seria essa a solução ideal para a retomada do crescimento na aumentar a qualidade do ensino brasileiro?
Antes de mais nada, precisamos entender que o ensino não está tendo índices alarmantes em sua qualidade devido a essas disciplinas, pelo contrário, a educação física por exemplo, além de ajudar no combate à obesidade entre crianças e adolescentes, também traz benefícios ao cérebro como o estimulo no estímulo ao desenvolvimento de neurônios em uma região responsável pela memória, o hipocampo. Logo, sua retirada proporcionará um crescimento na obesidade infantil e malefícios educacionais.
No mesmo sentido, a retirada da disciplina de artes faz com que os alunos percam um meio fundamental em expressão e criatividade. Com isso, a ocorrência de isolamento social entre alunos com dificuldades de se relacionar, fará relacionar fará dele um cidadão deles cidadãos sem convívio social e com prováveis problemas psicossociais, profissionais e até familiares.
Portanto, percebe-se que medidas precisam ser tomadas com relação aos índices que afloram na educação brasileira, ainda mais quando se trata de um aspecto tão importante no crescimento de qualquer país. No entanto, o caminho não é a retirada de matérias essenciais no desenvolvimento do aluno, consultas e debates devem prosseguir com a população e com especialistas para que se encontre o caminho ideal na para a retomada da qualidade do ensino.
Comentário geral
Texto fraco particularmente no que se refere ao conteúdo. O autor interpreta a proposta de mudar o caráter obrigatório das disciplinas equivocadamente, como se ela significasse a completa eliminação dessas matérias. Não é esse o caso. Trata-se de transformar o obrigatório em opcional. Além desse mal entendido, os argumentos que o autor usa para sustentá-los também são fracos e equivocados como veremos nos aspectos pontuais. O texto só não recebe notar pior porque o autor demonstra algum domínio da escrita e do gênero dissertativo.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) a proposta não é mudar os métodos de avaliação, mas mudar a grade curricular. b) Baixos índices do quê? c) Faz sentido falar em um ensino educacional? Claro que não. Ou se fala em ensino ou em educação. d) Não se trata de retirar, mas de transformar de obrigatório em optativo. O autor não entendeu o tema.
2) Segundo parágrafo: a) o uso recorrente da palavra índices sem deixar claro a que tipo de índices a referência é feita só torna as declarações ambíguas. b) O tema é sobre o ensino médio, ou seja, estamos falando de adolescentes, não de crianças. c) Melhor seria falar apenas em benefícios ao cérebro, sem entrar em detalhes desnecessários sobre questões complexas como a memória e anatomia cerebral.
3) Terceiro parágrafo: o argumento não fem fundamento. Há muita gente com dificuldade de se expressar, mesmo tendo aula de artes. Há gente que se expressa e comunica bem, independentemente de ter estudado artes. Isolamento social não é decorrência obrigatória da falta de conhecimentos artísticos. É uma pena que o autor se esforce para argumentar, mas escolha argumentos insólitos.
4) Quarto parágrafo: a frase em vermelho não faz o mínimo sentido, pois não deixa claro de que índices e de que aspecto o autor está falando.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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