REDAÇÕES CORRIGIDAS - Fevereiro/2019 Posse de armas: mais segurança ou mais perigo?
Com o poder nas mãos
Após as eleições presidenciais de 2018, ficou claro que as políticas de segurança públicas seriam intensificadas. E seguindo nesta nessa linha, uma das políticas mais importantes é a flexibilização do porte de armas de fogo.
Anos atrás, passamos por um referendo popular no qual em que optamos pelo direito de comercializar armas de fogo. Mas, o estatuto do desarmamento, dificultava Estatuto do Desarmamento dificultava ou quase que quase impossibilitava ao cidadão de ter a posse de tal bem em casa ou em seu comércio, tirando assim sua oportunidade de defesa.
Vivenciamos, em 2018, um processo eleitoral muito conturbado conturbado, mas democrático e legítimo. E foi dada assim, Deu-se a chance de todos os brasileiros escutar e analisar escutarem e analisarem as propostas dos diversos candidatos. Uma destas dessas propostas, justamente a do candidato eleito, era facilitar o acesso da população as às armas, seguindo alguns critérios estabelecidos critérios, como treinamento e teste psicológico.
A flexibilização do porte de arma foi uma vitória, tanto do novo governo governo, quanto da população de bem deste país. Agora cabe a ambos preservar este esse direito alcançado e legitimá-lo com ações e políticas sobre as questões dos riscos e responsabilidades.
Comentário geral
Texto razoável, que se demonstra insuficiente na compreensão do tema, pois o autor recortou um aspecto que lhe pareceu importante e deixou de lado o aspecto central da proposta de redação. Igualmente, não produziu propriamente uma dissertação, mas um texto híbrido, em que há três parágrafos narrativos e uma conclusão.
Competências
• 1) A linguagem do texto é razoável. Apesar dos erros corrigidos em verde, o autor sabe construir sentenças relativamente claras, que comunicam suas ideias. A expressão “seguindo nessa linha” é despropositada. O autor deveria ter se limitado a usar “assim” ou “dessa forma”. Mas o maior problema que se encontra neste tópico é a construção de um texto dissertativo, o que será comentado na competência 4.
• 2) Na verdade, a redação só considerou um aspecto do tema: o do direito de possuir armas, ainda assim, misturando o conceito de posse e porte. Mas a questão central da proposta de redação não é essa: é se a posse de armas diminuirá ou aumentará a violência. Sobre isso o autor não se manifestou.
• 3) A argumentação do autor é consistente, mesmo que não se concorde com ele. O texto apresentou argumentos válidos em defesa do decreto presidencial que facilita a posse de armas. Contudo, é importante ressaltar que esses argumentos não se referem ao cerne da proposta de redação.
• 4) O texto não é propriamente uma dissertação. Antes é uma narrativa sintética que acompanha o histórico da posse de armas desde o referendo até a atualidade. O autor simplesmente não contempla a exigência de demonstrar o conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação. Mesmo assim, o texto é coeso e coerente, bem como evolui para uma conclusão que toma os dois parágrafos anteriores como premissa. Por isso, ele mereceu uma pontuação melhor nesta competência.
• 5) O que deve ser feito para preservar o direito à posse de armas? O autor não diz. Quais seriam as ações e políticas que o legitimariam? E em que sentido o autor usa o verbo “legitimar”? O decreto, por acaso, é ilegítimo? De acordo com o restante do texto, não. Em outras palavras, o final do texto é vago e obscuro.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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