REDAÇÕES CORRIGIDAS - Setembro/2019 Preservação da Amazônia: Desafio brasileiro ou internacional?
Corrigindo erros
Em uma primeira análise, ressalva-se ressalte-se a importância dos laços internacionais para a preservação dos interesses brasileiros, no brasileiros. No mundo globalizado sobra pouco espaço para individualismos, pois pois, mais do que nunca, questões quanto a à preservação ambiental se tornaram mundiais, devendo as nações trabalharem juntas para se alcançar alcançar meios eficazes de proteção das diversas áreas florestais.
Considerando a prévia colocação esses aspectos, é de interesse brasileiro que esses laços internacionais sejam fortalecidos, pois planos de proteção como o acordo de Paris são de amplo interesse brasileiro, já que nosso país possui algumas das maiores reservas florestais do mundo. A manutenção desses laços significa reconhecer a gravidade do problema e aceitar incentivos direcionados a sua solução.
Levando isso em conta, a questão da soberania que foi posta na balança se torna irrelevante, já que o interesse da preservação é tanto nosso quanto dos demais países, e os incentivos fortalecem também a economia pois o país sustentável se torna turisticamente atraente para a população mundial.
Em uma última análise, reforça-se que não é a soberania nacional que está em jogo, mas a imagem do Brasil como país capaz de tomar decisões racionais. É necessário que a população demonstre sua postura e influencie nas decisões dos nossos representantes para uma boa manutenção de laços internacionais com consequências benéficas a longo prazo mundial e nacionalmente, pois afinal pois, afinal, como refletia disse Confúcio, "não corrigir os erros do passado é o mesmo que cometer novos erros".
Comentário geral
Texto razoável, mas o autor se esforça para abordar o tema por meio de um reducionismo quase matemático, calculando os prós e contras da solução nacionalista e da internacionalista, que ele defende. Infelizmente, não é tão simples fechar uma conta como essa.
Competências
- 1) Além dos erros gramaticais corrigidos em verde, a linguagem tem problemas de redundância no uso de expressões como "laços internacionais" e "interesse brasileiro" e nos próprios recursos coesivos com que todos os parágrafos se iniciam.
- 2) Há uma compreensão muito superficial do tema. Além disso, em termos de estrutura, vale notar que não existe uma introdução propriamente dita. Literalmente, o autor já começa "analisando" um problema que ele nem sequer mencionou, por considerar que o leitor já sabe qual ele é. Uma redação deve ter autonomia, a ponto de poder ser lida e entendida até por quem não sabe qual foi a proposta que a fez ser escrita.
- 3) Os argumentos são muito subjetivos e superficiais. O autor não define conceitos básicos, que lhe parecem evidentes, mas não são. Por exemplo, "laços internacionais". A expressão é vaga. O Brasil não vai romper os laços com todos os países do mundo por não aceitar a proposta de internacionalização da Amazônia. Há também equívocos conceituais, como falar em "individualismo" para países. O certo seria "nacionalismo". Há ainda desconhecimento do que significa, efetivamente, soberania de uma nação e uma relativização do conceito de "interesses nacionais". Tudo é abordado por um ponto de vista simplista, como é o caso de considerar que a internacionalização favoreceria o turismo. Contudo, formalmente, a argumentação como um todo se salva.
- 4) Vale notar o uso coloquial dos recursos coesivos no início de cada parágrafo e na redundância que existe naqueles que dão início ao segundo e ao terceiro parágrafo.
- 5) Primeiramente, o autor diz que a soberania é irrelevante, mas a seguir diz que não é a soberania que está em jogo, o que não é verdade, está em jogo, sim, é o cerne da proposta de redação: soberania de um lado e proposta de internacionalização de outro. Tirando esse equívoco e considerado o caráter simplista do raciocínio do autor, há validade na proposta de solução.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.