REDAÇÕES CORRIGIDAS - Setembro/2018 Direitos humanos: em defesa de quem?
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A “Declaração dos direitos do homem e do cidadão”, elaborada durante a Revolução Francesa, representa um marco histórico para a humanidade em prol de humanidade, no que se refere a igualdade jurídica e social. O direito de ser julgado pelas mesmas leis, independentemente de cor, religião ou classe social é um dos avanços significativos que se perderam no tempo. Sabe-se que, atualmente, a má fiscalização das leis e a impunidade jurídica, aumentam jurídica aumentam a descrença da população no poder judiciário, e que a incitação ao ódio e defesa de medidas drásticas como pena de morte e tortura, são tortura são características do pensamento de grande parte da população brasileira.
Diante disso, levanta-se o questionamento “direitos humanos, em defesa de quem?”. A resposta é a mais simplória simples e objetiva possível: para todo e qualquer ser humano/cidadão. Sendo ele criança ou adulto, rico ou pobre, bom ou ruim (julgado dentro da pela ética e moral de cada um). Todos têm direitos e deveres, todos serão julgados pelas mesmas leis e todos terão direito a defesa perante o crime cometido; isso para algumas pessoas caracteriza a frase “defender bandido”, o que certamente é um equívoco. O senso comum e a intolerância propagam a ideia de que “bandido bom é bandido morto” ou a de que “se deve armar a população”.
Sabe-se que está essa não é a solução, tendo em vista que a violência só aumentaria. Em um país com índices tão altos em crimes de ódio como feminicídio, por exemplo, é fácil identificar a razão de tais pensamentos. Uma população preconceituosa e uma justiça extremamente falha; com uma legislação e um código penal desatualizado desatualizados, que não condizem com a realidade social do país. Brasil, o lugar em que vender cosméticos sem fiscalização tem uma pena maior do que a de um crime de estupro; mostrando o que mostra a necessidade imediata de uma reformulação judiciaria judiciária, para que os direitos humanos possam ser garantidos e fiscalizados de forma correta e igual entre os cidadãos.
Tendo os em vista os fatos mencionados, entende-se que é necessária uma mudança, uma “revolução”. Está “revolução” que começaria de cima para baixo, com a reformulação do código Código penal e da constituição Constituição, em seguida com a conscientização da população sobre seus direitos e deveres, para que cada cidadão tenha no mínimo uma noção básica dos direitos humanos, e e, por último, com a mudança em cada ser humano, para que se torne um ser mais empático e menos “julgador”. É de extrema importância que a população intenda entenda que os direitos humanos, nos humanos nos garantem liberdade em vários aspectos, e aspectos e que eles não “servem só para defender bandidos”.
Comentário geral
Texto bom, apesar de prolixo, o que leva o autor a fazer digressões que atrapalham a fluência de seu raciocínio. Alguns erros básicos de ortografia nos levaram a diminuir a nota da competência 1 em meio ponto. Há problemas estruturais e a argumentos que o autor deixa de fundamentar. A população pode estar equivocada quanto aos direitos humanos, mas cabe a quem escreve dizer por quê. Dizer que é equívoco e preconceito, sem mostrar claramente onde estão o equívoco e o preconceito é dar uma opinião que também pode ser tachada de equivocada ou preconceituosa.
Aspectos pontuais
1) O título é contraditório, pois o autor defende a igualdade de direitos humanos pata todos, inclusive os criminosos.
2) Primeiro parágrafo: a afirmação em vermelho não é coerente com a realidade. Os avanços que surgiram no século XVIII, no que se refere ao Direito não foram nunca abandonados. Foram violados em algumas épocas e lugares, mas, se não existisse uma noção de direitos humanos atualmente, não seria possível fazer uma proposta de redação com esse tema. O autor talvez tenha querido dizer que muita gente vê isso hoje de maneira equivocada, que o passar do tempo fez o idealismo que existia quando da promulgação da Declaração dos direitos humanos foi gradualmente perdendo força. Mas falar em abandono não tem sentido.
3) Terceiro parágrafo: o erro assinalado em “está” é grave, porque mostra que o autor não sabe distinguir a grafia de um pronome e de um verbo. Notar que o erro se repete no parágrafo seguinte.
4) Quarto parágrafo: a) o conceito de “revolução” foi usado de modo impreciso. O autor parece propor uma “reforma” conceito que, nesse sentido, é oposto ao de “revolução”. O autor usa a palavra “reformulação”, que etimologicamente está mais próxima de reforma do que de revolução. b) como se pode implementar uma medida como “mudança em cada ser humano”, principalmente, de “baixo para cima”, como quer o autor? A sugestão é subjetiva e genérica demais. c) “Intenda” é outro erro grave, pois permite supor que o autor conjugue sempre errado as flexões do verbo “entender”.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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