REDAÇÕES CORRIGIDAS - Janeiro/2016 Por que o Brasil não consegue vencer o Aedes aegypti?
Dura batalha
"Mudaram as estações, nada mudou...". Esse é um trecho da música "Por enquanto" de Cássia Eller, que pode muito bem retratar o combate ao mosquito Aedes aegypti no Brasil. Passaram-se anos e a sensação é de derrota, pois pouco evolui se evoluiu nesse cenário.
Um dos fatores para isso, é isso é a cooperação da população. Não seguem as recomendações para evitarem água parada na sua moradia, jogam lixo na rua ou evitam a fiscalização dos órgãos.
Além disso, as medidas são sempre as mesmas. Fiscalizações, cartilhas, campanhas etc. Se após longos períodos aplicando o mesmo "remédio" “remédio”, ele não surtiu efeito, o que é mais sensato: aumentar a sua dosagem ou mudá-lo? Certamente, mudar.
Outro ponto importante é a nulidade da pesquisa científica nesse campo. Até o momento não foi desenvolvida uma vacina ou meios menos caseiros de evitar a contaminação em locais com maior incidência, como nas residências.
Deste Desse modo, seria interessante considerar fiscalizações agendadas nas casas, evitando o desencontro. E premiações ao desenvolvimento científico na área, incentivando melhores propostas nesse debate.
Comentário geral
Texto fraco, que começa bem, mas vai piorando à medida que evolui. Logo que começa a argumentação, o autor se expressa mal e afirma o contrário do que pretende (no segundo parágrafo). Fala em cooperação da população, quando deveria falar em falta de cooperação. Mais adiante, afirma uma suposta nulidade da pesquisa científica, o que não corresponde aos fatos, mostrando desinformação. Finalmente, propõe sugestões muito pontuais, apresentando soluções pouco abrangentes. De qualquer modo, os problemas são principalmente de conteúdo, mas muitas vezes ocorrem devido a um emprego inadequado da linguagem. Os méritos do texto se encontram na estrutura dissertativa.
Aspectos pontuais
1) Segundo parágrafo: a) como já apontamos, o autor usa cooperação, quando quer falar em falta de cooperação. b) Fala em população (no singular), mas passa a usar os verbos no plural. c) fiscalização dos órgãos é uma expressão ambígua.
2) Quarto parágrafo: a) é exagerado ao falar em nulidade da pesquisa científica. Vacinas estão em fase de teste e inseticidas e larvicidas já estão em uso há tempo. Então, a ciência não resolveu o problema, mas tem feito o que lhe cabe. b) o que o autor entende por meios menos caseiros? A expressão é obscura. c) Os criadouros não se limitam a residências. Podem estar em imóveis abandonados, em lixões, terrenos baldios, etc.
3) Quinto parágrafo: a) a resistência da população à entrada de agentes de saúde e fiscalização em suas casas não ocorre por falta de agendamento. Além disso, pensando num problema urgente e que envolve milhões de pessoas, o agendamento de visitas parece uma alternativa que vai retardar ainda mais as coisas. b) É ingenuidade pensar que os pesquisadores precisam ser premiados para trabalhar mais rapidamente.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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