REDAÇÕES CORRIGIDAS - Agosto/2017 Brasileiros têm "péssima educação argumentativa", segundo cientista
É preciso fazer valer a pena
Nem futebol, nem religião. No Brasil, o assunto mais comentado é a política. Não era pra para menos, já que a população é “bombardeada” pelo tema diversas vezes ao dia dia, através das redes sociais e da TV. Mas ao mesmo tempo que o tópico se torna cada vez mais popular, o debate cresce na mesma ou em maior proporção. E ao invés de ser um ato irrepreensível, tem se tornado vergonhoso. No entanto, em vez de manter um alto nível, esse debate tem sido vergonhoso.
Chegou-se a um ponto tempo em que informação e comunicação conseguem atingir quase toda a população brasileira. Aspectos positivos e negativos são muitos Os aspectos positivos e negativos disso são muitos, porém, pelo lado negativo, as pessoas estão sendo influenciadas a escolher seu lado em uma guerra de um conflituoso debate político: Esquerda ou Direita. Escolhido o “exército”, chega a hora de se informar antes de começar a batalha. Tudo começa pelas fake news, passando pelos grandes veículos de comunicação e agora chegando a vez dos próprios políticos se alfinetarem e atiçar o conflito abertamente. Como foi o caso da rixa entre Lula e Dória.
Porém, uma característica de muitos brasileiros não terem uma correta educação argumentativa se dá pelo fato desse indivíduo além de procurar suas informações em fonte duvidosa, não procurar saber o por que de seu “adversário” pensar de uma forma diferente da sua. Porém, muitos brasileiros não têm uma correta educação argumentativa porque não só procuram suas informações em fontes duvidosas, como também não se interessam em saber por que seu adversário pensa de forma diferente. Dessa forma, num debate em que cada um quer fazer prevalecer sua ideia opinião, chegar a um consenso se torna quase que uma uma missão impossível. Assim, quanto mais tempo durar o conflito, mais segregação haverá entre esses dois grupos.
Portanto, para evitar toda essa segregação e ódio, é necessario necessário que os indivíduos que queiram expor e debater suas ideias passem a se informar primeiro por fontes confiáveis e, segundo, de qual tentem entender de que forma o outro enxerga o mesmo assunto. Junto a isso, também seria importante criar espaços em escolas e universidades onde um debate fosse organizado debates fossem organizados de forma correta e prolífera. O respeito e o bom senso agradeceriam.
Comentário geral
Em termos de linguagem, o texto começa bem, o autor parece saber se comunicar numa linguagem clara e informal, mas mesmo assim de acordo com os padrões da norma culta. No entanto, à medida que o texto vai se desenvolvendo, o autor parece perder o fôlego e cometer deslizes que prejudicam a compreensão clara de suas ideias. Em termos de estrutura, falta coesão ao texto, em que cada parágrafo parece uma divagação avulsa acerca do tema. Para piorar, em termos de conteúdo, o autor faz afirmações que não se sustentam sem que ele dê provas do que está dizendo. O autor não atentou ao fato de que a proposta exigia que o texto fosse escrito em forma de carta.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: A política, sem dúvida, se tornou um tema popular nos últimos tempos, mas é de duvidar que ela seja mais popular que o futebol. Quanto à religião, não costuma ser tema de debates populares, a menos quando acontecem casos flagrantes de intolerância religiosa. Enfim, não havia necessidade de comparar os temas para dizer que a política se sobrepôs aos outros dois. Bastava dizer que o interesse sobre política e a discussão do assunto tem aumentado no Brasil atualmente.
2) Segundo parágrafo: no trecho em vermelho, o autor perde completamente a noção de realidade. Sim, no debate político há uma polarização entre direita e esquerda, mas, a partir daí, não ocorre a sequência de fatos que o autor apresenta. As pessoas começam a se informar com notícias falsas e só depois recorrem aos meios de comunicação? Como assim? Só então os líderes políticos entram na história? Parece que é o contrário, o debate entre líderes políticos repercutem em seus partidários e admiradores, que assumem a opinião deles e trazem para o seu cotidiano o debate político. O fato é que o autor não conseguiu deixar claro o processo que ele tenta descrever.
3) Terceiro parágrafo: o autor estava analisando o que leva o debate por um caminho incorreto e marcado pela agressividade, diz que isso se deve à escolha da fonte de informação (sem apresentar fatos que comprovem essa opinião), mas também à falta de interesse em compreender o outro. Certo, só que ele encerra o parágrafo fazendo uma alusão ao conflito direita e esquerda, que ele já tinha deixado no parágrafo anterior, de modo que o terceiro parágrafo se encerra com uma declaração sem concatenação.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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