REDAÇÕES CORRIGIDAS - Março/2018 Violência e drogas: o papel do usuário
Em 1920, nos Estados Unidos
Em 1920, nos Estados Unidos, entrava em vigor a Lei Seca. A legislação proibia o consumo de qualquer bebida que apresentasse determinado teor teor alcoólico. Inconformados Inconformada, a população passou a buscar caminhos alternativos. O tráfico dos produtos através das máfias ascenderam ascendeu. E resultou em um crescimento do índice de criminalidade no país. No Brasil contemporâneo contemporâneo, a questão da violência ocasionada pelo tráfico de drogas ganha intenso debate é intensamente debatida: a proibição seria o caminho viável?
Em primeira instância, é válido notar que a violência gerada pelo tráfico é acentuada entre as classes menos favorecidas dentro da da sociedade. Visto que a substância é um produto de luxo e sua comercialização submete-se a certas restrições que sejam rentáveis, acaba por provocar, muitas vezes, conflitos internos entre as partes envolvidas.
Ademais, além da de a proibição interferir nos direitos individuais de liberdade e escolha e gerar o genocídio da população carente, uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas apontou que os consumidores padrões dessas tóxinas das drogas estão entre os homens com maior poder aquisitivo e que compõem a classe média alta. Longe da realidade das favelas.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Logo, a descriminalização da substância deve seguir em conformidade com algumas ações essenciais. Sendo assim, o ministério do trabalho e emprego Ministério do Trabalho e Emprego deve criar políticas que gerem renda entre as populações carentes. Bem como o ministério da saúde Ministério da Saúde, em parceira com o MEC, deve promover e intensificar campanhas que instruem sobre o uso optativo e consciente de drogas. Por fim, o governo deve gerar criar impostos sobre os produtos afim a fim de auxiliar no desenvolvimento social e econômico do país.
Comentário geral
Texto fraco, marcado pela confusão e pela falta de conexão entre as afirmações do autor, algumas das quais sem nenhum fundamento. É difícil dizer até que ponto é de falta de domínio em produzir um texto dissertativo, de colocar ideias em palavras para criar uma redação e até que ponto é dificuldade em seguir uma linha de raciocínio. O texto não tinha título. Para identificá-lo, usamos suas primeiras palavras
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) não é determinado teor alcoólico. É qualquer teor alcoólico. E não foi toda a população dos EUA que procurou alternativas para a abstinência. Nem toda a população norte-americana era composta de alcoólicos. b) O autor deixa claro que considera que o tráfico surge da proibição. Em seguida, se pergunta se a proibição é viável. Ora, ele mesmo já tinha dito que não.
2) Segundo parágrafo: a) drogas são um produto de luxo? As cracolândias, então, não têm nada que ver com drogas? b) de modo confuso, o autor tenta jogar a culpa da violência nas disputas comerciais entre traficantes no final do parágrafo. É uma generalização que não é coerente com a realidade.
3) Terceiro parágrafo: a) Genocídio da população carente é um exagero sem fundamento. b) O fato de a droga ser consumida principalmente por gente de classe média alta não significa que os pobres não fazem uso dela e nem que a violência do tráfico fique distante dos consumidores. É uma dedução equivocada. Até porque o autor já havia dito que a culpa do problema era da proibição e não do nível social dos consumidores.
4) Quarto parágrafo: a) impasses não se resolvem sozinhos. Logo, é óbvio que medidas sejam necessárias para resolvê-los. b) As sugestões são principalmente genéricas, mas também absurdas e só servem para demonstrar, infelizmente, o grau de alienação em que o autor vive em relação ao tema proposto.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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