REDAÇÕES CORRIGIDAS - Junho/2019 Universidade em crise: quem paga a conta?
Ensino público superior híbrido
Há muito que se discutir sobre o tema do ensino público superior no Brasil, que carece tanto de suporte material quanto de recursos humanos. Algo não está bem com o ensino superior, tanto que nos últimos anos o número de matrículas em escolas particulares cresceu assustadoramente, sendo atraídas não só pelo valor da mensalidade, mas também pela disponibilidade da educação a distância (EaD).
Mesmo antes do corte de verbas proposto pelo executivo federal Executivo, as universidades federais brasileiras já eram (e continuam sendo) sucateadas e depredadas. Com isto isso, deve-se observar que há algo de diferente na administração dos recursos que são disponibilizados aos reitores. Uma auditoria em todas as universidades, antes dos cortes orçamentários, demonstraria uma boa atitude administrativa de avaliação da aplicação dos recursos públicos. O que certamente ocorreria com muita frequência, caso o dinheiro ali investido fosse privado e os gestores tivessem de prestar contas mais constantemente.
Recentemente, um jornal de circulação nacional apontou algumas saídas para esse impasse, utilizando-se de modelos internacionais onde dos quais uma das sugestões seria empresas privadas investindo em universidades que gerariam profissionais para o mercado de trabalho; o estudo trabalho. O jornal também apresentava que, hoje, o foco das universidades federais se move mais para a área de pesquisa do que para o mercado, gerando um déficit de profissionais altamente qualificados.
Há de que de se considerar que o investimento privado, com critérios de pagamento de mensalidades para os que puderem com elas arcar (com regras claras e transparentes), é muito bem-vindo tanto para que haja uma supervisão pelas entidades privadas sobre a aplicação dos recursos, quanto para a qualidade do ensino que está sendo disponibilizado pela universidade. Não se trata de uma proposição de tutela privada sobre a universidade, mas de uma parceria de ganha-ganha. O Estado deve buscar essas parcerias, o que poderá trazer benefícios não só para solucionar o déficit financeiro, mas também para a área educacional, livrando as universidades de ideologias governamentais (de direita ou esquerda) tão presentes atualmente.
Comentário geral
O que impede uma avaliação melhor é principalmente a falta de objetividade e de clareza do texto.
Competências
- 1) O autor escreve bem, cometendo, contudo, alguns deslizes, como incorrer em linguagem informal (tanto no "assustadoramente", quanto no "parceria ganha-ganha") num texto onde prevalece a formalidade. O outro trecho maior em vermelho está mal escrito, confuso, deixando obscura a ideia que o autor quer expressar, que afinal é muito simples: ver quem está gerindo bem os recursos recebidos, para haver uma avaliação justa das escolas.
- 2) Há uma linha de raciocínio no texto, no entanto, falta-lhe objetividade e clareza. Aparentemente, o leitor faz divagações e o leitor precisa ler várias vezes o texto para perceber a conecção de ideias.
- 3) Falta objetividade à argumentação. O autor tem dificuldade em dizer claramente aquilo que pensa, o que faz de modo digressivo e cheio de rodeios.
- 4) Falta coesão ao texto, principalmente pela ausência de recursos linguísticos suficientes.
- 5) Não fica muito claro como as universidades públicas seriam geridas por entidades privadas, mais uma vez, pelos problemas de objetividade da linguagem do autor.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
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