REDAÇÕES CORRIGIDAS - Setembro/2016 Você faz parte da turma do "eu me acho?"
Equilibre sua autoestima
Milhares de jovens possuem uma autoestima elevada, acreditando serem capazes de fazer qualquer coisa, serem mais que perfeitos em determinadas habilidades, desprezando quem ache o contrário. Isso se deve ao tratamento e a à educação que esses jovens tiveram na infância, que os fez acreditarem serem competentes em diversas atividades, vetando que os mesmos pensem e não pensarem nas dificuldades e fracassos que isso trará. Embora jovem e com uma autoestima mediana, eu não me considero um representante desse tipo de jovem, da turma do "eu me acho".
Por eu ter conhecimento das minhas capacidades em determinadas atividades, por saber analisar aspectos positivos e negativos relacionados à a mim, reconhecer que não sou o melhor em algo que faço, reconhecer quando realmente estou errada, seja na vida pessoal ou profissional, eu não me considero um membro do "eu me acho".
Durante toda a minha infância infância, no meu processo de desenvolvimento, foi ensinado que irão chegar pessoas melhores que eu, eu não tenho que me convencer que sou melhor, sem a possibilidade de o fazer. Porém, deve acreditar que não é porque um sujeito sabe fazer bem algo, que quer dizer que você não pode fazer melhor. Com labor e dedicação é possível chegar até onde quer, consiste em não deixar a autoestima te prejudicar, deixando a deixando-a em um nível correto: nem tão baixa, nem tão alta.
Com isso, para diminuir o índice de jovens pertencentes ao grupo do "eu me acho", é necessário que seja discutido e ensinado desde sua infância, por pais e educadores, por meio de atividades escolares, dinâmicas, filmes e livros, que um indivíduo não é bom em tudo o que faz, que podem haver erros e fracassos, assim como acertos e vitórias.
Comentário geral
Texto regular, prejudicado por uma compreensão equivocada do que é o narcisismo. Narcisismo não significa crer que se é competente em tudo, que se é capaz de fazer tudo. O narcisista se acha ótimo em si mesmo, sem precisar fazer nada. Não é uma questão de habilidade ou competência para esta ou aquela atividade. Um narcisista até pode se achar onipotente, mas não é a onipotência que define o narcisismo. O narcisista se superestima, faz uma avaliação excessivamente favorável de si mesmo, tem uma autoestima exagerada ou exacerbada. Ou seja, a redação apresenta um grave equívoco conceitual.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: na verdade, o narcisista tem uma autoestima mais do que elevada, tem uma autoestima exagerada, um excesso de amor por si mesmo, que o impede de se relacionar bem com os outros. Uma mulher narcisista, por exemplo, pode se achar linda e maravilhosa, sem ter a mínima pretensão em relação a suas habilidades para o estudo ou para o trabalho. Narcisismo não está diretamente relacionado à competência. b) O trecho sublinhado em vermelho fica melhor com o que sugerimos em verde, pois realça o paralelismo de uma educação que os fez tanto acreditar em sua superioridade quanto não pensar em sua eventual inferioridade. c) Sobre o uso correto de os mesmos, clique aqui.
2) Terceiro parágrafo: aqui o autor comete vários equívocos linguísticos. a) Como assim irão chegar? Provavelmente, o autor quis dizer que irão existir. b) Qual é o sujeito do verbo deve? O autor estava falando dele mesmo, então o correto seria dizer devo. Ao mesmo tempo, ele pode estar afirmando que deve-se acreditar em algo, isto é, no que se declara no fim do período. Mas o sujeito de uma oração não pode ser opcional. Ou o autor fala dele ou fala de outros em geral, ou ainda fala de ambos mas explicita isso de modo gramaticalmente correto. c) O uso incorreto do pronome te é mais um problema. Aparentemente, até o momento, o autor do texto não se dirigia a um leitor específico a quem trata por tu. E, caso se dirigisse, é mais provável que usasse o pronome você, e a frase seria não deixar a autoestima prejudicá-lo.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
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