REDAÇÕES CORRIGIDAS - Julho/2016 Escravizar é humano?
Escravizar, ação desumana
Segundo o dicionário Aurélio Aurélio, escravizar é o ato de tornar alguém totalmente dependente de algo ou alguém. No sentido figurado figurado, é obrigar alguém a trabalhar além do seu limite, em excesso.
Teoricamente Teoricamente, a escravidão já foi extinta há muito tempo, porém na prática a coisa funciona da forma contrária. A escravidão moderna se difere difere um pouco daquela de antigamente onde antigamente, em que havia compra e venda de escravos, a escravos. A moderna obriga o indivíduo a trabalhar de forma forçada, que em muito dos casos pode ter condições inferiores se comparada a de antigamente.
Os casos mais comuns de escravidão são a os de escravidão sexual, exemplo sexual. Exemplo disso é o que aconteceu com uma ativista Shandra woworuntu Woworuntu, que foi forçada a se prostituir nos Estados Unidos em 2001. Outro caso é em propriedades particulares, exemplo que chocou o mundo foi de um britânico que começou a cumprir uma pena por manter sua esposa sobre servidão doméstica. Ela foi torturada e não podia sair de casa.
A escravidão atinge cerca de 45 milhões de pessoas no mundo, segundo a edição deste ano do índice global de escravidão, diferente do período colonial em que o índice atingia 35 milhões de pessoas.
A nova escravidão é mais vantajosa para os empresários tanto no ponto de vista operacional quantidade no financeiro. Essa ação de escravizar é cada vez mais comum no mundo capitalista. O bom seria que tudo estivesse de acordo com a lei, e que nada disso tivesse existido, o certo seria denunciar os casos e reverter essa situação.
Comentário geral
Texto muito fraco, que não chega a ser uma dissertação, mas uma aglomerado de afirmações avulsas, muitas delas equivocadas ou incorretas. O texto começa mal, citando incorretamente o Aurélio. Basta ir ao dicionário e conferir. De resto, por que procurar o significado na palavra no dicionário e esclarecer o seu sentido figurado? Não é figurativamente que a proposta de redação pede uma reflexão sobre o tema. Enfim, como as declarações são avulsas, é melhor comentá-las pontualmente.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: como já dissemos, o dicionário não apresenta exatamente essa definição. Quando se fala em dependência de substâncias químicas, como o álcool ou a droga, está se falando de escravidão figurativamente. De resto quando se força alguém a trabalhar exaustivamente não estamos diante do sentido figurado, mas do sentido literal de escravidão. Ou seja, o aluno foi ao dicionário, leu o vebete, mas não o entendeu.
2) Segundo parágrafo: a) O caráter informal da linguagem se revela em expressões como essa, a coisa funciona de forma contrária. O que o autor quis dizer foi que, na prática, ainda existe a escravidão, apesar de isso ter se tornado ilegal. b) Na prática, não é essa diferença entre a escravidão antiga e a moderna que vem ao caso, o que vem ao caso é que a escravidão, mesmo ilegal, continua a existir. c) Antigamente, também, a escravidão significava trabalho forçado e não remunerado. De resto, é difícil acreditar que a escravidão moderna é pior do que a do passado, quando a escravidão era aceita, difundida e legal.
3) Terceiro parágrafo: a) O autor faz afirmações cuja veracidade é questionável. Quem disse que os casos mais comuns de escravidão estão relacionados à prostituição? De onde vem essa informação? b) Casos patológicos como o de um marido que reduz a mulher à servidão só indiretamente está relacionado ao tema. Servidão e escravidão são fenômenos diferentes.
4) Quarto parágrafo: para fazer essa comparação, o autor deveria citar sua fonte. Os 45 milhões de escravos na atualidade estão na coletânea que informa a proposta, mas e os 35 milhões? A propósito, é bom lembrar que há uma disparidade entre a população do mundo em outras épocas e hoje. Hoje há uma população muito maior. Nunca antes na história do mundo houve tantos seres humanos no planeta.
5) Quinto parágrafo: a primeira afirmação está truncada, porque o autor usou quantidade em vez de usar quanto. De resto, há mais afirmações sem a devida comprovação e dizer que o certo seria denunciar a escravidão e reverter a situação não é propriamente uma proposta para solucionar o problema.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.