REDAÇÕES CORRIGIDAS - Novembro/2016 Filantropia: um exemplo a ser seguido?
Filantropia: um ato de caridade aos necessitados
Sabe-se que, na sociedade brasileira, aqueles que muito tem têm economicamente, pouco atentam-se para aqueles que não possuem riquezas. E também há uma má distribuição de recursos básicos básicos, como água e alimentos, através dos quais o ser humano consegue viver, tornando esse um dos maiores problemas enfrentados por nossa sociedade. Seria a filantropia um caminho a se trilhar ou devemos buscar em outros meios a solução para os nossos problemas econômico-sociais?
Como nos é apresentado em eventos e políticas obras sociais, vemos que alguns milionários milionários, como por exemplo jogadores de futebol e Artistas artistas de televisão, e até mesmo bilionários como Bill Gates, tem têm investido grande parte de suas riquezas à em pessoas que não tem têm nem mesmo um copo de água para tomar a cada dia e/ou sofrem constantes abusos sexuais e físicos.
A filantropia é altamente benéfica ao nosso estado social, pois demonstra o amor humano. E, podemos E podemos constatar a mesma como que ela é um ótimo recurso para promover a apreciação e valorização de culturas que, para a grande maioria não tem têm um grande valor, além de inserir o individuo indivíduo novamente à na sociedade e dar-lhe a devida dignidade. Assim, é altamente apropriado o investimento à em ONGs e projetos de caridade.
A grande maioria dos brasileiros possui condições o suficientes condições suficientes para ajudar os necessitados, entretanto, não o quer fazer. Não é necessário ser um milionário ou bilionário para ser um filantropo, pois com pequenas atitudes podemos demonstrar um grande amor para com o nosso próximo. Um prato de comida, uma garrafa de água ou uma ajuda financeira são valiosos para os que vivem em vive na miséria, e, quando nós brasileiros, resolvermos ajudar esses últimos citados, seremos então, os filantropos de nossa pátria.
Comentário geral
Texto fraco. Conquanto o primeiro parágrafo tenha caráter introdutório e coloque uma pergunta adequada a se fazer sobre o tema, os parágrafos seguintes não a respondem: são divagações, declarações avulsas que não seguem uma linha de raciocínio. De resto, o terceiro parágrafo é obscuro e confuso, e a conclusão não passa de tautologia. Num certo sentido, uma dissertação se assemelha a uma operação matemática: assim como é preciso que entre os algarismos existam sinais (de mais, de menos, etc.) para se chegar a um resultado, numa dissertação é preciso estabelecer as relações entre as ideias, por meio das chamadas palavras-vazias, que têm valor relacional e que não significam coisas, como as preposições e as conjunções, para que as declarações se transformem num raciocínio. Numa operação matemática, se retirarmos os sinais entre os algarismos, não podemos realizar uma operação e veremos só um punhado de números escritos lado a lado. Numa dissertação, se não usarmos as palavras que expressão relações, teremos somente declarações colocadas lado a lado. É o que ocorre na maior parte dessa redação.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) de modo confuso e complicado, o autor quer expressar uma ideia muito simples: os ricos não se importam com os pobres. Do mesmo modo, há grande desigualdade social no país, mas dizer que a distribuição de alimentos e água constitui o cerne dessa desigualdade é não entender o assunto. b) O ponto alto do parágrafo é a pergunta final. Diante dos problemas econômico-sociais apontados, a filantropia é de fato uma solução? Pena que o autor a perca de vista e não a responda.
2) Segundo parágrafo: a) Começa com uma redação péssima, cuja pior parte são as políticas obras sociais, expressão cujo significado é enigmático. Depois esse como nos é apresentado... vemos milionários, poderia ser simplificado: Como vemos em eventos e obras sociais, alguns milionários têm investido... b) Era melhor falar que o bilionário ajuda os necessitados e não descer a questões que o autor da redação certamente desconhece: se uma pessoa não tiver nem ao menos um copo de água para beber ao dia, ela vai morrer em cerca de três dias, então não existem multidões sem copo de água. Isso só ocorre em situações excepcionais em determinadas regiões. Quem prometeu investir no combate aos abusos sexuais, conforme a proposta de redação, foi o empresário brasileiro e sua mulher. Às vezes, quanto mais se escreve, mais se erra.
3) Terceiro parágrafo: a) a expressão nosso estado social é completamente ambígua. É impossível saber a que o autor se refere com ela. b) Demonstrar amor humano não é necessariamente ser filantrópico. A expressão amor humano pode designar vários tipos de amor, o dos pais pelos filhos, o de um homem por uma mulher, o amor de um homem por Deus, o amor de seres humanos por animais, etc. c) De resto, o autor tenta falar de tantas coisas ao mesmo tempo que mal consegue se explicar. Esse é o pior parágrafo do texto.
4) Quarto parágrafo: a) como o autor conhece a vontade da maioria dos brasileiros, para afirmar que eles não praticam a filantropia por que não querem? Não há como fundamentar em fatos uma afirmação desse tipo. b) O texto termina com uma tautologia: se quem ajuda o próximo é filantropo, quando todos os brasileiros ajudarmos o próximo nos tornaremos filantropos. Não poderia ser diferente uma vez que o ato de ajudar os necessitados é a definição de filantropia.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.