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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Novembro/2015 Bandido bom é bandido morto?

Redação corrigida 300

Folha em branco

Inconsistente Erro Correção

Raramente fala-se que Raramente ouve-se dizer que um bandido merece uma segunda chance, uma oportunidade ou o benefício da dúvida, pois o mesmo ele teve a oportunidade de acertar, mas resolveu ir pelo caminho mais fácil e só lhe resta um caminho: morte.

O governo é responsável pelos direitos básicos da sociedade, sendo assim sociedade. Sendo assim, é de responsabilidade do Estado garantir a seus contribuintes educação, segurança e saúde. Contribui-se com impostos para assegurar-se que todos terão o direito à vida com dignidade. Na maioria das vezes, analisando casos específicos, entende-se descobre-se que quem rouba ou furta é pobre, preto e morador de comunidades, tendo em vista isso se idealiza comunidades. Tendo isso em vista, percebe-se que quem cometeu tal ato não teve uma base de estrutura financeira nem moral do que é certo ou errado. De fato, o roubar ou furtar não é o certo, mas é preciso analisar com cautela todo o enredo e contexto de cada situação.

É frequente São frequentes casos onde em que a população se revolta e acaba usando suas próprias mãos como armas de justiça, sem ao menos se perguntar qual a justificativa do crime. Primeiro, sabe-se que a população está revoltada com o descaso do governo relacionado à segurança pública, segundo, sabe-se, também, que o descaso do governo com moradores de comunidades pobres é gigantesco. As pessoas ficam atrás de suas telas, em seus condomínios fechados, em suas casas ofendendo e julgando quem comete infrações, mas se esquecem de que tem gente passando fome sim, que tem gente sofrendo preconceito sim, que tem gente desesperada sim, e que, na maioria das vezes, o único jeito é roubar ou matar para poder sobreviver.

Investir em projetos como esportes, ateliês, escolas, cursos e outros a fim de ocupar jovens e mostrar que tem sim há, sim, outro caminho a seguir é uma das soluções e prevenções que o governo pode realizar. Criar centros de reabilitação também é necessário para recuperar jovens que tiveram atitudes incorretas. Além do mais, uma criança é só uma folha em branco que precisa ser preenchida com amor e carinho, sem espaço para crescer na vida do crime.

Comentário geral

Texto fraco que se compõe de uma série de divagações acerca da violência, mas nada sobre a questão específica da violência policial. Chama a atenção o fato de que o autor defende o direito de assassinar, desde que justificado pela pobreza do assassino. Ao mesmo tempo, nem lhe ocorre que o cidadão de bem pode ter o direito de se defender. De resto, para o autor não há diferença entre crimes: ora ele fala em furto e roubo, ora em assassinato, não importa, desde que o criminoso seja pobre, pode fazer o que quiser em nome da sobrevivência. É uma forma de preconceito ao contrário, como se verá também a seguir.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a frase em vermelho é coloquial e muito mal organizada. O que o autor parece querer dizer é: ele teve a oportunidade de ir pelo caminho certo, mas resolveu seguir pelo atalho do crime e agora só lhe resta uma saída: a morte. Resta a acescentar que o autor não apresenta fatos para sustentar essa afirmação. Poderia ao menos ter se referido à pesquisa que deu origem à proposta de redação. Ele fala das coisas de um modo genérico e preconceituoso, ao considerar a opinião pública radical e preconceituosa.

2) Segundo parágrafo: por base de estrutura financeira, o autor quis dizer simplesmente que o suposto bandido é pobre ou miserável. Até aí tudo bem, mas quem garante que o pobre não tem educação moral e não aprende o que é certo e o que é errado? Aliás, como alguém que diz que tudo depende das circunstâncias pode falar em certo e errado em termos absolutos?

3) Terceiro parágrafo: a) quem exatamente são essas pessoas? E por que só elas são pessoas? Os criminosos não são pessoas? Pelo que está escrito não, pois o autor opõe criminosos e pessoas. b) O autor não consegue hierarquizar os problemas e acha que a pobreza justifica qualquer crime, seja roubo ou assassinato. Nessa visão reducionista do problema, o autor se esquece de várias questões ligadas à violência como o tráfico de drogas, o crime organizado, etc. Para ele, os bandidos são sempre uns pobres coitados que estão tentando sobreviver. Ora, a realidade é muito mais complexa. Não se espera que um aluno do ensino médio seja capaz de analisá-la em profundidade, mas também não é preciso ser tão reducionista.

4) Quarto parágrafo: a) além da rima, não há nada em comum entre os termos soluções e prevenções, que permita colocar os dois termos lado a lado como fez o autor. As soluções para a violência certamente incluem a prevenção, mas não só isso. b) Os crimes, agora, são somente atitudes incorretas, o que mostra mais uma vez o raciocínio reducionista do autor. Entre assassinato e atitudes incorretas existe uma imensa diferença, que o autor não é capaz de discernir, ou, pelo menos, de expressar seu discernimento. c) O final é piegas por transformar o criminoso numa criança carente de amor e carinho.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 100
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 50
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 50
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 50
Nota final 300

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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