REDAÇÕES CORRIGIDAS - Março/2016 Carta-convite: discutir discriminação na escola
Homofobia nas escolas: um assunto a ser discutido
Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XXI. A discriminação sexual nas escolas brasileiras, que é um grande problema, porque põe em risco a segurança e a ameaça ameaça às saúdes física e mental de crianças e adolescentes homoafetivos, reflete essa realidade.
De fato, a homofobia nas escolas coloca em perigo a estabilidade de estudantes homossexuais já que homossexuais, já que, na maioria das vezes vezes, o assédio sofrido por eles deixa de ser verbal e evolui para a agressão física. Em alguns casos, a vítima da perseguição não é homoafetiva, mas sim relacionada a alguém seja, como em 2015, quando um jovem de 14 anos faleceu depois de ser espancado por ter pais do mesmo sexo.
Relacionado à segurança de alunos homossexuais está o efeito que os ataques a eles direcionados têm sobre a saúde dessas crianças e adolescentes. O assédio físico pode ter inúmeras consequências permanentes sobre a vítima e, em casos extremos, pode causar a morte. A agressão verbal é igualmente perigosa, visto que, muitas vezes, devido às palavras ofensivas que são dirigidas a eles eles, alguns jovens em estado de depressão e outros chegam a cometer suicídio.
Dessa forma, para combater a modernidade líquida citada inicialmente, a fim de conter a discriminação por orientação sexual, é necessário que o MEC invista em palestras que eduquem com relação ao homossexualismo, pois de acordo com Immanuel Kant “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, por isso o ensino deve ser a base do combate à homofobia nas escolas. Aristóteles dizia que a justiça é a base da sociedade, à em vista disso é preciso que o Ministério das Cidades desenvolva projetos de leis que protejam as vítimas de homofobia nas escolas e no país como um todo.
Comentário geral
Texto fraco, que não segue a estrutura de carta-convite exigida pela proposta. O aluno começa sitando Zigmund Bauman, mas não mostra de que modo a homofobia se insere nessa “modernidade líquida”. Simplesmente faz a citação e passa a tratar dos ataques aos homossexuais e até a pessoas a eles relacionadas. Ao fazê-lo, se confunde com as ideias de segurança e saúde, sem perceber que o que está pretendendo dizer é que o assédio e a agressão ameaçam a integridade física e mental das vítimas. Finalmente, depois de dar uma sugestão muito genérica, a das palestras a serem promovidas pelo MEC, torna a citar filósofos, mas, infelizmente, sem justificar as citações que faz.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) sem explicar a propósito do que cita Bauman para falar de homofobia, o parágrafo não tem coesão. b) Um simples a pode fazer toda a diferença. Se você diz que põe em risco a segurança e a ameaça, está dizendo que a ameaça também está em risco, o que não é o caso. c) Vale notar que a segurança, aqui, está diretamente relacionada à saúde, como já foi dito no comentário geral.
2) Segundo parágrafo: a) estabilidade precisa de um complemento para que o leitor saiba ao certo ao que o autor se refere. b) O assédio é que é o problema. Tanto o verbal, quanto o físico. Mesmo que o assédio verbal não se torne físico, já está ocorrendo uma violência.
3) Terceiro parágrafo: o autor repete o que já disse antes, com outras palavras. Não há um novo argumento aqui.
4) Quarto parágrafo: Não se trata de combater a modernidade líquida, mas a homofobia. b) A sugestão é genérica e talvez não dê conta de resolver o problema. Quem garante que os agressores vão mudar de conduta após ouvirem uma palestra? c) Por que só ao Ministério das Cidades caberia elaborar leis como essas? Será que o autor tem noção das atribuições do Ministério das Cidades?
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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