REDAÇÕES CORRIGIDAS - Outubro/2018 Patrimônio histórico e cultural brasileiro: um caso de descaso
Incêndio cultural: culpado é quem culpa
No Brasil contemporâneo, o descaso com o patrimônio histórico e cultural é alvo de inúmeras ações sociais teóricas em que as pessoas se eximem de praticar suas propostas. O incêndio no Museu Nacional eclodiu provocou uma onda de manifestos manifestações que chamou a atenção da população para este esse descaso.
Muito se fala em preservação da história do Brasil por parte do poder público, colocando-se a culpa na falta de estrutura, falta de investimentos e na política precária sobre a de preservação do passado da população. Muita dessa culpa não é infundada, visto que vivemos em um período de crise em diversas áreas públicas, mas não é desculpa para se isentar da defasagem cultural cultivada na sociedade.
Viemos de uma cultura sem cultura, da falta de estímulo a para resgatar a história brasileira. Obviamente não se deve viver no passado, a modernidade se faz necessária para a evolução da sociedade, o futuro toma o lugar do passado, e este que nos diz de onde viemos e indica para onde vamos. As pessoas estão deixando sua história no passado e delegando a responsabilidade de protegê-la para o próximo, deixando de construir um futuro melhor.
O incêndio no Museu Nacional foi uma tragédia que acendeu o questionamento de quem é realmente a culpa e levou a apontar inúmeros culpados. Mas a responsabilidade pode ser daquele que aponta o próximo. Incêndios posteriores poderão ser evitados para proteger o patrimônio histórico e cultural se todos entenderem seu papel na preservação da história do país.
Comentário geral
Texto regular, em que o autor se perde em expressões confusas ou ininteligíveis e, na verdade, se resume a apresentar uma única ideia – a de que a responsabilidade é de todos – praticamente se repetindo a cada parágrafo. É importante notar que o autor se preocupa demais em escrever com originalidade, mas não é a originalidade que conta mais na avaliação de uma dissertação. Aqui é preferível ser objetivo, sem fazer rodeios e efetivamente apresentar mais argumentos que justifiquem a tese. Por exemplo, se a culpa é de todos, que ações concretas devem ser tomadas pelos brasileiros para resolver o problema? E quanto ao governo? Onde ele está falhando?
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: o trecho em vermelho é quase ininteligível: o que o autor quer dizer, precisamente, com “ações sociais teóricas”? Que ações são essas? Por que elas eximem as pessoas de suas propostas? E quais são as propostas das pessoas? Cabe ao autor ser mais objetivo e falar as coisas de um modo mais concreto.
2) Segundo parágrafo: vale a mesma observação. O que é essa “defasagem cultural cultivada na sociedade”? Aparentemente, o autor quer dizer com expressões desse tipo coisas que podem ser ditas em poucas palavras: descaso com a cultura.
3) Terceiro parágrafo: a) Como assim: “viemos”? “Vivemos”, talvez, fosse melhor, pois continuamos no mesmo lugar. b) Cuidado ao tentar criar jogos de efeito linguístico. “Cultura sem cultura” é uma expressão confusa, que, junto aos outros problemas de expressão do texto, só deixa no leitor uma interrogação a respeito da objetividade do autor. c) A “falta de estímulo” não é um lugar de onde se possa vir. E também não se refere ao resgate da história, mas à preservação da mesma. d) A frase também é ambígua, pois pode-se pensar que as pessoas estão deixando de lado sua história individual, pessoal, e não a história do país. Fica como sugestão para o autor: seja objetivo, use as palavras em sentido literal, não figurado.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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